quarta-feira, 14 de março de 2012

Histórias de Peão. Parte XIII

Reconquistada.


A temporada que passei na casa do Gabriel, foi significativa. Fui bem tratada, paparicada, amada. Era bom estar ali com ele.

Até que um dia acordei com uma cólica chata. Gabriel, como sempre, havia ido cedo pros estábulos. Sentei na cama e pensei no que seria melhor a fazer. Fui ao banheiro e vi o rastro de sangue, do qual o médico me alertou.

Fiquei despreocupada, a cólica era suportável. Me lavei e fui pra cozinha, atrás de alguém que pudesse me ajudar.

-Flor minha filha, por que está fora da cama?-Foi A Chloe que me encontrou no caminho pra cozinha.
-Está começando.
-O que?-Ela arregalou os olhos.-Agora? Espera aí que vou chamar alguém pra nos levar ao hospital.
-Não tia, está tudo bem.
-Como assim, tudo bem?
-Está começando agora.-Sentei no sofá e suspirei.-Aonde está o Gabriel?
-Na fazenda do seu avô.
-Liga pra lá, por favor, pede pra ele vir.

Ela ligou como se a casa estivesse caindo. Falei com minha mãe brevemente, pedi para ela ficar tranqüila, que ainda não estava na hora e comecei a andar de um lado a outro da sala.

-Não é melhor você ir se deitar?
-Não, enquanto estiver andando, mais rápido o bebê nasce.
-Mas e o problema que você tem?
-Está tudo bem com o bebê.-Falei tranqüila.-Preciso comer algo.

Enquanto estava na cozinha entre cólica e fatias de frutas, Gabriel chegou montado em um cavalo. Entrou como se o diabo estivesse atrás dele, quando me viu na cozinha, estranhou.

-Ué, não estava na hora?
-Não posso ficar com fome?
-O médico falou que não pode comer.
-Não vou fazer cesariana.-Tomei um gole de suco.-E mais, se ficar sem comer até o bebê nascer, vou morrer de fome.

Gabriel sabia do meu desejo de ter o bebê em casa. Apesar de que nem ali na roça, isso acontecia mais. A avó dele foi quem o colocou no mundo. E mesmo velhinha, seria quem iria me ajudar a colocar a Natalia naquela terra de ninguém.


Quando ela chegou da serra, foi direto me ver. Sorriu antes de me dar à notícia mais entristecedora naquele momento de contrações.

-Minha filha, você está com dois de dilatação. Terá que caminhar um pouco mais.-Ela me ajudou a levantar.-Vem aqui Gabriel, vai levar sua mulher pra passear.

Foi engraçado na hora. Eu andava de um lado a outro e quando vinha uma contração, Gabriel me amparava.
Entrou a noite, todos aflitos, já falavam em me levar pro hospital e eu firme na minha idéia, não iria.

As dores aumentaram. Com o passar do tempo, eu não conseguia andar. Já estava sem dormir e sem comer há um tempinho, o cansaço estava batendo. Sempre que sentia uma contração, me retorcia e xingava quem se aproximasse.

Gabriel ficou comigo todo o tempo. Até que o dia raiou. Eu não agüentava mais de sono, cheguei a dormir em pé, escorada nele. A essa altura do campeonato, a gravidade estava maltratando e sempre que eu me deitava, doía muito durante a contração.

Tomei vários banhos mornos àquela noite. Ajudava bastante na hora da dor. Impossível explicar. Então vou pular essa parte e ir direto ao momento mais encantador da minha vida.

Sempre ouvi dizer que a dor do parto, era a pior do mundo. E quando me mandaram fazer força como se estivesse... digamos, evacuando, foi aí que fiquei assombrada.

Mas tinha que fazer, então fiz. Naquela hora, não queria o Gabriel olhando. Ele sentou atrás de mim, segurava minhas mãos, enquanto eu forçava passagem pra criança mais preguiçosa e manhosa que já havia conhecido.


E depois de muitos gritos e empurrões, ela chegou. Tremendo e gritando como uma bezerrinha. Roxinha e inchada. Confesso que no momento, não a achei tão bonita assim. Mas era cabeludinha, gordinha. Segurou forte meus dedos, e quando a aconcheguei mais próximo a mim, ela parou de chorar. Foi minha vez de começar.

Quinze minutos depois, entrou uma farra de gente dentro do quarto. Todo mundo falando ao mesmo tempo. Eu me senti mal, estava cansada, com frio, com fome. Mesmo assim, agüentava firme.

-Ela parece com a Chloe.-Fernando falou, depois de dar uma avaliada na neta.-Já viram a cor dos olhos?
Não.-Falei baixinho.-Está dormindo. Tadinha, se cansou.
-E você querida, como está?-Chloe sentou ao meu lado e pegou o bebê.-Deu pra ouvir seus gritos, lá da fazenda do seu avô.
-Nossa.-Encostei na cabeceira da cama e suspirei.-Estou cansada.
-É bom você descansar mesmo.

Todos saíram do quarto. Levaram o bebê, enquanto eu ia tomar um banho e a empregada arrumava o quarto.

Apesar de estar dolorida, andava tranqüilamente e não me sentia tão mal quanto dizem.
Quando voltei, Gabriel já me esperava com o almoço. Natália já estava de banho tomado e com a roupinha que eu escolhi. Agora ela estava com os olhinhos abertos, comia as mãozinhas. Acho que a fome dela, era maior do que a minha.

-Hei mamãe, eu quero mamar.-Gabriel falou enquanto segurava a mãozinha dela.

Ele estava apaixonado. E eu, voltei a me apaixonar por ele naquele momento.

Meus pais chegaram há tarde. Eu queria dormir, estava exausta, mas não conseguia parar de olhar pra ela. O médico da cidade, que acompanhou minha gravidez, chegou a nos examinar, mas encontrou tudo bem, com ambas.

Fiquei a noite inteira na cama, não parava de entrar e sair gente do quarto. Acho que por isso, nos hospitais, as visitas só podem ficar duas horas.

Em certo momento, não agüentei mais. Me ajeitei na cama e dormi. Bendito sono, chegou na hora certa.
Em uma semana, não parecia que havia acontecido nada. Eu estava desinchada, não sentia mais cólicas, não estava mais dolorida.

Voltei pra casa do meu avô. E Gabriel ficou mais agoniado ainda. Foi aí que dei o cheque mate.

-Compra uma casa, um apartamento, ou coisa parecida, que me caso com você.-Falei em um dia que ele me pressionou até me deixar estressada.-Não vou morar com seus pais.
-Mas você gostou de ficar lá...
-Então continua morando lá e eu aqui.
-Está certo.

Ele foi embora sem se despedir. Achei que o tinha aborrecido. Voltei a minha vidinha, cuidando da minha filha.

Na outra semana, ele voltou a aparecer. Me pediu para acompanhá-lo, fomos de carro, até uma rua próxima a onde havia acontecido o acidente. Ele pegou um caminho estreito e em poucos minutos, me apareceu à frente uma fazendinha. Ela era meio antiga, a casa nem de perto parecia com a mansão aonde eu morava. Mas a entrada era linda, me pareceu um lugar tão aconchegante.


-Quem mora aqui?
-Por enquanto, ninguém.-Ele saiu do carro, abriu a porta pra mim.-Mas se você quiser, podemos nos mudar pra cá logo depois do casamento.
-Essa casa é sua?
-Nossa.-Ele colocou a mão nas minhas costas.-É pequena, mas é bonita e aconchegante. Toda a reforma que precisar será feita. Te trouxe aqui hoje, porque a partir de amanhã, irei começar a concertar os estragos.
Ele me levou casa a dentro. Tinha três quartos, uma sala grande, a cozinha era um tanto pequena, pra quem estava acostumada com uma cozinha gigante de fazenda.
Os fundos dava pra uma paisagem linda. E um rio passava logo ao lado. Me encantei com a possibilidade de ir morar ali.
Ele me levou até o quarto principal. Era grande, tinha janelas enormes, precisava de uma pintura, um ar-condicionado. Mas tinha uma cama, de madeira maciça com dossel. Precisava de lençóis limpos, um colchão. Mas já me imaginava jogada ali, sendo penetrada e esfolada pelo pau do meu peão.
-É um lugar interessante.
-Só isso você tem a dizer?
-O que mais quer que eu diga?-Tentei manter a calma, não queria que ele notasse que eu estava mais derretida, do que manteiga em espiga de milho.-A casa é aconchegante, a fazenda é bonita. Acho que a Natalia vai gostar de ter um rio no quintal.
-E você estará feliz?
-Feliz com o que?
-Como com o que? Maria Flor, em que mundo você vive?
-No mesmo que o seu.-Comecei a caminhar pra fora dali, na esperança de acalmar meus ânimos.-Acho melhor irmos.
-Espera.-Ele me segurou, eu comecei a ficar excitada.-Você ainda não me perdoa?
-Perdoar o que?
-O canalha que eu fui com você no passado.-Ele me puxou para o abraço.-Maria Flor, eu me arrependo. Tudo que quero, é construir uma família com você e a Natalia.
-Pra ganhar uma estrela de bom moço?
-Não. Pra ficar ao seu lado, pro resto da vida.-Ele me beijou.-Casa comigo?
-Caso.

Ele me pegou no colo, deu uma volta e gritou que me amava. Era a felicidade, batendo na porta de novo.

Nosso casamento foi três meses depois do nascimento da nossa filha. Na igreja católica da cidade. Não queria ter que escolher entre uma fazenda ou outra. Fizemos a festa no salão da cidade. 
Foi num domingo de manhã. Lindo dia de sol. Meu peão estava no altar, de terno preto, cabelos penteados para trás estava tão lindo, esqueci naquele momento tudo que aconteceu no passado.
Entrei de braços dados com meu pai e meu avô. É, eu queria os dois comigo naquele momento. Caso não perceberam, eu gosto de estar acompanhada sempre por dois homens.

Também estava ali, “ele”. Miguel, que apesar da cara emburrada, não aprontou nada.
Não houve um se quer que ousou falar algo quando o padre fez aquela perguntinha sem vergonha. Acho que casar na igreja traz sorte.

E quem esteve conosco todo o tempo, foi a nossa princesa. Gabriel não cansava de mostrá-la a todos, a apresentava como sua cabritinha. 

Acabada a festa, noiva com os pés inchados, maquiagem borrada e cabelos despenteados, ganhamos uma noite inteirinha de folga. Minha mãe ficou com o bebê, para aproveitarmos a nossa lua de mel.
Fazia quase um ano que Gabriel e eu não transávamos. Quando pensava nisso, o tesão falava cada vez mais alto. Chegamos na fazenda, eu imaginava, um tapete de pétalas de rosas. Mas não encontrei nem o talo. Ele me pegou no colo sem esforço, fomos para o quarto. Mas também, nada lá.
-O que foi? Não está a fim?
-Não é isso.-Desci do colo dele.-Só estou cansada, o dia foi puxado. Eu vou tomar um banho.
-Posso ir com você?
-Vai se comportar?
-Não.
-Então vem.
Fomos para o banheiro, ele me ajudou a tirar o vestido, arranquei as roupas dele e fomos pra baixo do chuveiro.

Ele me beijou, meu beijo favorito. Aquele que me pegava de surpresa, enchia minha boca e me fazia estremecer. Me segurava pela nuca e pela cintura. Eu arrepiei inteira, quando ele soltou meus lábios e passou para o pescoço.

Puxou meus cabelos mais pra trás, empinei os peitos e ele os abocanhou. Enfiei as unhas nos ombros dele, a água começou a cair sobre nossos corpos e cada beijo me deixava mais excitada. Ele soltou meus cabelos, foi descendo, ajoelhou no chão, jogou uma perna minha sobre seu ombro e caiu de boca.

Começou lambendo encima do grelinho, abriu com a ponta dos dedos e lambeu até deixá-lo inchado. Nesse ponto, eu já estava gritando de tesão. Meu peão me chupava como ninguém.

Ele ficou um bom tempo me matando naquele prazer. Eu me segurava na parede, rebolava na cara dele, gritava e queria explodir em gozo. Ele juntou os dedos e começou a penetrá-los, enquanto a língua continuava a me chupar. Fodia e chupava ao mesmo tempo.

Fechei os olhos no momento do gozo, senti tudo em volta sumir. Gritei o mais alto que pude, ele foi obrigado a levantar e me segurar. Eu estava mole.

-Você está bem?
-Sim.
Agüenta?
-Claro.

Ele me virou de costas, me fez empinar o bumbum e lascou a vara dentro da minha bocetinha. Ah que saudade de tê-lo ali. Rebolei e joguei o traseiro pra ele, era tão bom trepar de novo com o meu peão.

 Ele metia fundo, me fazia gritar e gemer. Falou que não agüentaria muito tempo, quando anunciou que iria gozar, o afastei de mim, ajoelhei no chão e abocanhei aquele pau que tanto me fez gozar.
E ele grunhiu daquela forma que o transformava em um animal e gozou na minha boca. Engoli todo, lambi até deixá-lo limpo e duro, pronto pra outra.

-Quero mais.-Falei enquanto me levantava.
-Vamos pro quarto, vai ter mais.

Ele me levou até o quarto e saiu. Aproveitei para me secar e desarrumar a cama. Quando ele voltou, eu estava numa lingerie branca. Ele trazia uma bandeja, estava coberta com um pano branco. Se aproximou devagar, a colocou na mesa ao lado da cama e puxou o pano.

Havia morangos e uma lata de chantili. Ele sorriu, aquele sorriso safado que me desmontava e me mandou deitar. Deitei na cama e ele começou a brincar.

Despejou um pouco de chantili sobre minha barriga e passou um morango, o colocou na minha boca.


Devagar foi lambendo tudo, ameaçava tirar a calcinha, mas voltava. Eu estava na expectativa de ganhar outra chupada gostosa daquelas.
Quando eu estava bem limpinha, me levantei e ajoelhei na cama junto com ele. Ele me puxou pela cintura, me beijou, sugou meus lábios até deixá-los inchados. Descia os beijos, subia. E eu retribuía como podia. Vez ou outra ele segurava minhas mãos, não me deixava acariciá-lo.

Ele desceu devagar uma das alças do meu sutiã, deixou o biquinho à mostra e o lambeu. Passou um pouquinho de chantili ali também e tirou com a língua. Sugou meu peito, me deixando mais excitada e louca pra trepar.

Me virei de costas pra ele, queria provocar também. Empinei a bunda, esfreguei ela no peito dele, ele só olhava. Passou as mãos pela minha cintura, me puxava contra si, vez ou outra dava um tapinha na minha bunda.


Devagar ele tirou meu sutiã. Acariciava meus seios, apertava, soltava. Enquanto isso, a boca se apossava da minha orelha. Ele sabia aonde me tocar, aonde beijar. Meu peão era mestre, na arte de amar. Sussurrava no meu ouvido que me amava, que eu era gostosa. Era um sonho se realizando.

Mais uma vez, ele me deixou nua, me lambia por todo o corpo, vez ou outra brincava com o chantili e os morangos.

Mas dessa vez, não foi afoito, não foi de uma vez. Ele me penetrou suavemente, devagar, descobrindo milímetro por milímetro. Parou por um tempo, beijou minha boca e voltou a me penetrar.

Abracei a cintura dele com as pernas e gemi, ele enfiava e fincava, devagar, eu estava tão molhada, escorria conforme ele tirava o pau. Vez ou outra ele saía de dentro de mim e me lambia. E voltava a me amar.

Não precisava ser afoito pra ser gostoso. Ele me penetrava e eu pedia mais. Ele me abraçou pela cintura e me jogou pra cima do colo. Comecei a rebolar, naquele mesmo ritmo que estávamos, devagar. Ele gemia junto comigo, quando via minha boceta engolir o pau dele. Em determinado momento, senti um arrepio sinistro. Como se alguém nos observasse, olhei pela janela, estava aberta. Só havia a luz da lua lá fora e dentro do quarto. Estávamos tão afoitos pelo sexo, que esquecemos de acender as luzes.

Não havia nada no lado de fora, me concentrei no que estava fazendo ali dentro. Rebolava para todos os lados, sentava com força naquele pau delicioso e lá vinha mais um gozo. O abracei, ele me beijava enquanto fincava com força em mim, aproveitando pra se derramar também.

Estávamos os dois abraçados. Ficamos calados ouvindo o barulho da noite. A água correndo pelo rio, os bichos com seus ruídos estranhos.




Adormeci sobre o peito dele. Enquanto ele me acariciava os cabelos.


Quando acordei, já era segunda. Estava sozinha na cama. Levantei, olhei pela janela e o carro não estava na frente da casa. Me vesti e saí a procura do Gabriel, mas nem sinal dele. Fiquei com raiva daquele peão folgado. Como ousava me deixar sozinha na nossa lua de mel?
Fui pra cozinha faminta. A mesa estava posta, havia um bilhete encima da mesa.
“Já volto”.
O amassei e sentei pra comer.
Não demorou ele chegou. Ouvi quando estacionou o carro na frente de casa e nem saí pra recebê-lo.
Ele entrou na cozinha com o bebê nos braços e o cachorro pulando a sua volta.  Logo minha cara enfezada deu lugar a um sorriso.
-Hei mamãe, estava com saudades.
-Por que não avisou que ia buscá-la?
-Você estava dormindo tão bem.-Ele me deu o bebê e sentou a minha frente.-Então, o café está bom?
-Um pouco forte.
-É o costume.
-E o bagunceiro?-Falei me referindo ao cachorro que pulava na mesa.-Pensei que não gostasse dele.
-É seu amigo, fazer o que?-Ele acariciou a cabeça do golden e se voltou para mim.-Seus pais nos convidaram para o almoço. Resucei o convite, se não se importa.
-Não.-Balancei a cabeça enquanto Natalia sugava com força.-Quando vamos nos mudar?
-Hoje mesmo, se você quiser.-Ele se levantou e me puxou para fora.-Vem comigo.

Fomos andando para os fundos da casa. Sentamos embaixo de uma mangueira, próximo há um rio. Ele me abraçou pelo ombro. Ficamos ali, embaixo da sombra, com o cachorro correndo em volta e latindo, o bebê mamando com vontade. Era o meu sonho se realizando. E não precisava de mais nada. Deus havia me dado mais do que merecia.

















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