quarta-feira, 14 de março de 2012

Histórias de Peão Parte III

Herói.


A chuva fina caiu durante à tarde. E logo o vento se intensificou e relâmpagos e trovões se juntaram à cena.
Fazia mais de uma semana que eu não via Gabriel. Ele não foi me ver quando pedi e isso triplicou minhas fantasias.

Eu ficava toda hora olhando para a porta da varanda, esperando que Gabriel entrasse por ela e fizéssemos amor naquela cama macia, para contrastar com às vezes em que trepamos no chão duro.
Carlos iria embora no dia seguinte e não nos veríamos por um bom tempo.

Eu já estava enjoada daquele namoro há muito tempo. Mas sempre tinha algo dentro de mim que dizia: Continua com ele. Ele é popular, filho de papai rico, bonito. Só te dá presentes caros e ainda tem aquele carrão...
Não, não era minha consciência falando. Eram minhas amigas, minha mãe...
Por Deus, namorávamos desde que eu criei peitos e nunca havíamos transado! Ele falava muito em casamento, sabia que só quando eu estivesse com a aliança no dedo, eu me entregaria a ele. Mas o que faria agora que não era mais virgem?

NADA. E pronto! Aquele namoro chegou aonde tinha que chegar. Eu não queria mais o Carlos e sentia nojo de beijá-lo. Lembrava de todas as garotas com quem eu o peguei no carro, no quarto, no corredor da escola...

“Você não me dá o que eu preciso. Sou homem, tenho minhas necessidades”.
Meu carma terminaria aquela noite. E no outro dia ele iria embora de vez.

Tomei um banho quente e coloquei uma calça de moletom cor de rosa e uma blusa de alças branca. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo e fui resolver minha vida com Carlos. Estava tarde, ele estava assistindo a um programa chato de auditório. Quando me viu entrando, deu um sorriso arreganhado demais.

-Finalmente veio me ver. Você ultimamente tem ficado trepada encima daquele cavalo sempre e...
-Quero conversar com você. Mas eu falo e você escuta.-Ele desligou a televisão e jogou o controle sobre a mesa ao lado da cama.-Não dá mais.
-Não dá mais o que?-Ele sorriu.-Hum, ta querendo perder o cabacinho é? Já estava na hora. Vem aqui e deixa tudo comigo gatinha...
-Não! Eu não agüento mais é esse seu jeito arrogante. Sua brutalidade, sua molecagem.-Me afastei da cama e fui pra janela.-Eu não quero mais namorar você.
-Como é que é?-Ele riu de forma arrogante.-Só pode estar brincando. Vem aqui fofinha, deixa eu te pegar do jeito que você gosta. Rapidinho essa história estúpida vai sumir da sua cabecinha oca.
-Cabecinha oca?-Vi a silhueta de um homem andando na chuva. Ele parou bem embaixo da janela e tirou o chapéu. Era ele!-É justamente disso que estou falando. Não dá mais. Amanhã quando você for embora, vai ser definitivo.
-Escuta aqui Maria Flor, estou há muito tempo esperando por você. A hora certa, o momento certo, o dia perfeito. Não me venha com essa de terminar agora.
-Carlos, está acabado.-Olhei de volta pra fora e vi que ele havia sumido.-Detesto seu jeito, sua voz me da raiva e odeio quando me chama pelo nome inteiro. Não sinto mais nada por você, acabou.
-Não mesmo. Você é minha.-Ele vinha pra perto de mim e eu me afastei, indo pra porta.-Aonde pensa que vai?
-O que eu tinha pra falar, já falei. Até nunca mais.

Sempre quis dizer aquilo.

Desci as escadas correndo, pulando degraus e saí de casa pela varanda.

Não enxerguei nada naquela escuridão. Saí na chuva, descalça mesmo e fui até onde ele estava parado há pouco.

Ouvi passos apressados e sorri. Finalmente ele. Estava com tanta saudade que...

Tomei um susto, quando vi Carlos atrás de mim.

-O que faz aqui?
-Cala a boca.-Ele me tapou a boca com uma mão e começou a me empurrar pra longe da casa.-Eu vou embora amanhã sim, mas vou te comer essa noite. Esse cabaço é meu, esperei muito tempo por ele.

Ah meu senhor, ele iria me estuprar. E no meio daquela tempestade, quem ouviria se eu gritasse?

Ele continuou me empurrando e fomos parar perto da entrada, lá aonde havia uma caminhonete velha, estacionada na chuva.

Ele me jogou na caçamba e quando pensei em fugir, me deu uma baita porrada, que me deixou zonza.

Minha roupa estava ensopada e ele começou a tentar arrancar minha calça.

-Você vai ser minha. Finalmente você vai ser minha.-Ele brigava contra o cordão da minha calça, tentando arrancá-lo na pressa.
-Para com isso, por favor.-Tentei empurrá-lo, mas ele me segurou e bateu minha mão sobre a lataria do carro.-Você está me machucando.
-Se você cooperar, não vou machucar mais. E não venha com choro porque...

Ouvi um barulho surdo de uma coisa quebrando e de repente o idiota caiu pra fora da caminhonete. Abri os olhos e lá estava Gabriel, com um porrete na mão, encharcado como eu e com um olhar frio e mortal.
Não sabia se chorava de alívio ou dor. Minha mão sangrava e ardia, meu rosto estava quente.

-Vem comigo.-Ele me abraçou e saímos dali, seguindo direto pra uma casinha velha.-Está tudo limpinho, espera que vou pegar uma coisa quente e seca pra você vestir.
Eu estava abraçada a minha mão machucada, parada no meio da sala. Vi uma cama espaçosa, forrada com uma coxa velha. Ele foi no armário pequeno, pegou um blusão e me levou ao banheiro.

-Tira essas roupas e me dá pra pendurar.

Tentei me acalmar, enquanto tirava as roupas molhadas e me secava antes de colocar o blusão dele. E pensar que naquele momento, se não fosse por Gabriel, eu poderia estar sendo violentada. Meus olhos ficaram cheios mais uma vez. Quando saí do banheiro, ele veio até mim e pegou as roupas. Saiu da casa e foi pra uma varandinha que tinha nos fundos.

Quando voltou, percebi que ele havia trocado a calça por uma de algodão. Estava sem camisa, com os cabelos molhados e uma toalha desbotada jogada no ombro.

-Me deixa ver essa mão.-Ele me fez sentar na cama e puxou minha mão machucada.-Tem que limpar isso. Espera só um minuto.

Minha mão estava esfolada. Sangrava um pouco e ardia bastante. Ele voltou com uma caixinha branca e começou a cuidar do machucado.
A dor aumentou, quando ele jogou iodo sobre o corte. Ai como doía. Voltei a chorar enquanto ele tentava amenizar assoprando.

-Por que você ainda namora esse idiota?
-Não namoro mais. Terminei com ele hoje e ele não aceitou muito bem. Ai, ta doendo!
-Calma.-Ele enfaixou minha mão e me abraçou.-Espero que eu não tenha matado, mas se matei, ele mereceu.
-Obrigada Gabriel.-Ergui a cabeça, mas ele me afastou e levantou-se.-Você mora aqui?
-Às vezes sim, às vezes não.-Ele levou tudo pra guardar e voltou, apagou a luz, deitou e me trouxe para deitar sobre seu peito.-Meu pai morou aqui nessa casinha. Ele também foi empregado do seu avô.
-Entendo.-O beijei no peito.-Você sumiu. Onde esteve?
-Em casa.-Ele enfiou os dedos entre meus cabelos.-Ajudando meus pais com algumas cercas e plantações. Minha irmã vai se casar e eles querem a casa bonita.

Ele nunca havia falado comigo mais do que três palavras em uma frase. E agora, estava dando explicações.

-Senti sua falta.
-Menina, aquilo foi loucura.-Ele virou o rosto pra mim.-Você quase me enlouqueceu com aquelas roupas depravadas. E aquele jeito de me olhar...
-Eu gostei de estar com você.-O beijei no peito mais uma vez.-Gabriel, me fala uma coisa...
-Diga.
-Você sabe meu nome?
-Neta do patrão?-Nós rimos em conjunto.-Por que essa pergunta agora?
-Você sabe ou não?
-Seu nome é Maria Flor da Silva Ramos. Por quê? A pancada te fez esquecer quem é?
-Não.-Ele me abraçou com mais força.-Quem eu sou, influencia em alguma coisa?
-Sim.-Ele me beijou.-E não.
-Não entendi.
-É complicado de entender.-Ele me deitou na cama e se pôs por cima.-Porque implica no fato de você ser neta do patrão e não me preocupa, porque eu tenho um tesão louco em você.

E as mãos dele desceram para a barra da camisa e ele a levantou até a cintura. A boca maravilhosa dele, iria voltar a fazer miséria na minha xaninha. Foi uma delícia sentir a língua dele subindo e descendo pela beirinha, sem entrar definitivamente. Ele tirava dez em prova oral.
Mas me surpreendeu quando parou, desamarrou o cordão da calça e tirou o pau.

-Vem aqui.-Me ajoelhei na cama com ele.-Você já chupou um pau?
-Não.-Mordi o lábio inferior e sacudi a cabeça, já estava com água na boca.
-Quer aprender?-Balancei a cabeça afirmativamente.-A melhor forma de aprender, é praticando.

Bem, nesse momento me lembrei de todos os ensinamentos de minha grande amiga Vanessa. E todos os filmes pornôs que assistimos juntas. E também, todas as vezes que bati na mão dela, que começava a se assanhar.

Enfim, comecei como ela ensinou. Segurei bem na base. E só em pensar, minha bocetinha começou a babar. Mas ela tinha que esperar, logo ia ganhar também.

Lambi a cabeça redonda e vermelha e comecei a engolir. E ele grunhiu quando dei o primeiro chupão. Bem, caminho livre, lambi todo o corpo rijo daquele pau delicioso e chupei mais uma vez. Enfiei o que pude na boca e senti ânsia. Ele riu e me segurou pelos cabelos.

Fechei os olhos e continuei a chupar. Tinha um gosto estranho, não dava pra definir, era diferente. Como chupar um pirulito revestido com chiclete (Ta, a comparação foi tosca, eu sei).

Gabriel indicou como eu devia fazer algumas vezes e no final, deixou tudo comigo. Me empenhei em satisfazê-lo,como ele já havia feito comigo. E ele acariciava meus cabelos, gemia e grunhia baixinho. E a minha pobre e esquecida bocetinha, estava chorando de tesão.

Ele segurou meus cabelos, quando dei uma chupada mais intensa e me fez ajoelhar de novo.

A blusa que eu vestia, foi parar no meio da sala. Ele me abraçou pela cintura e me beijou. Eu não sabia o que se passava na cabeça dele, no corpo. Eu era uma menina ingênua, fui criada assim pela minha mãe. Não morava na roça, mas era como se estivesse sempre ali.
Gabriel colocou o pau entre minhas pernas e ficou sarrando, me deixando louca.

-Gabriel... Eu quero você dentro de mim.-Falei com uma coragem que me faltaria em outras circunstâncias.-Se fosse pra gozar assim, eu andava mais a cavalo.

Ele riu quando me beijou. Caímos na cama e ele deixou meus lábios pelos meus mamilos. 

A tortura estava me matando, doía o tesão. Ele enfiou dois dedos na minha boceta, enquanto a língua fazia a volta nos meus mamilos e a boca os sugava com vontade.

Eu enlouqueci. Aqueles movimentos circulares no meu grelinho me fizeram gozar na mão dele. Ele deixou um mamilo e foi pro outro, enquanto o pau encontrava o caminho da minha gruta. Finalmente ele meteu fundo em mim.

O rosto bonito do meu peão estava na minha mente sempre que eu fechava os olhos. E quando abria, ele estava lá, olhando pra mim com aqueles olhos de gavião.

 Foi delicioso! Completamente delicioso, sentir o mastro entrando e abrindo caminho. Agora minha bocetinha estava mais relaxada e acostumada ao pau dele. E não doía, só quando ele estocava fundo.
Ele me virou de bruços e voltou pra dentro de mim. Nossos corpos estavam colados um no outro, ele penetrava fundo e me mantinha presa no laço daqueles braços fortes.

Uma mão estava agarrada ao meu seio e a outra me mantinha firme contra ele. Então, o ritmo leve aumentou para um mais forte, tipo velocidade quatro e eu gozei gritando e urrando naquele quarto.
E ele também gozou. E quando ele estocou a última vez e parou, eu senti ele pulsando dentro de mim.

Relaxamos. Mas me senti vazia, quando ele se afastou.

-Você precisa ir.-Ele falou em seguida.-Daqui a pouco dão falta de você.
-Não posso ficar mais um pouco?
-É melhor não.-Ele riu.-Eu vou enlouquecer de vez. Vou levar você até a casa grande.
-Tudo bem.-Me sentei na cama.-As roupas molhadas...
-Vai com minha camisa. Espera que eu vou buscar as outras pra você levar.

Ele foi enquanto eu me vestia e voltou com uma bolsa. Fomos calados. Ele abriu um guarda-chuva e me escoltou até a varanda da frente, quando estava protegida sob a marquise, ele me deu as costas e foi embora.

Senti vontade de chorar naquele momento. Fiquei olhando até ele sumir na escuridão.

Entrei, larguei as roupas molhadas na lavanderia, subi e me tranquei no quarto. Tomei um banho quente e fui me deitar. Ainda sonhando com os toques do Gabriel em minha pele aquela noite.

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