quarta-feira, 14 de março de 2012

Histórias de Peão. Parte X

A ÚLTIMA VISITA.

As malas estavam prontas, liguei pra minha amiga Vanessa e combinei de encontrar com ela. Enfiei tudo que precisaria no banco de trás do carro, arrumei as coisas do cachorro e passei a tarde inteira na cachoeira com ele, me despedindo sozinha do meu cantinho favorito.
Aquele foi meu último jantar em família. Minha mãe estava sensível, meu pai falava, meu avô também e minha avó estava no mundo dela perdida.

Acabado o jantar, me retirei e fui sentar na beirada da piscina com o cachorrinho. Vi o Gabriel saindo da casinha velha e me levantei. Não queria mais encontrar com ele, não queria mais ter que olhar pra ele. Então, recolhi meu cachorrinho e me enfiei no quarto.

Estava sonhando tranquilamente com anjos desnudos e sarados, quando senti um chamego nos lábios. E aquele chamego se transformou em um intenso beijo. Fiquei completamente presa à cama, sendo absorvida pela sensação do beijo. Ainda estava meio dormindo, o abracei pelo ombro e senti os músculos duros do ombro largo. Só podia ser um peão, eles tinham aqueles ombros largos de tanto laçar.

Abri os olhos, mas só vi névoa e imagens distorcidas. Estava entorpecida ainda de sono e quando minha mente alertou que aquele beijo maravilhoso vinha dos lábios que eu adorava, tomei um impulso e o empurrei, só pra enxergá-lo melhor.

-O que você está fazendo aqui?
-Você sempre me convidou, resolvi vir.-Ele estava completamente por cima de mim, acariciava meus cabelos, a respiração confundia com a minha.-Você vai embora amanhã cedo, achei que estava na hora de me despedir.
-Não quero você aqui Gabriel.-Falei, mais magoada do que orgulhosa.-Achei que tudo havia ficado ás claras no hospital.
-Não, porque o meu desejo por você continua crescendo.-Ele segurou meu rosto e aproximou o dele.-Você vai me dispensar agora? Está tremendo de desejo.
-Gabriel, para com isso.-Virei o rosto, procurando respirar com calma.-Você não tem o direito...
-Você quer? Se não quiser, pode falar...
-Desde quando está preocupado com minha vontade? Com você, foi sempre o que tinha a me dar e pronto.
-Flor... não quero que vá embora amanhã, levando mágoa.-Ele me beijou no pescoço, descendo devagar.-Fica comigo essa noite?

Não consegui dizer não. Voltei o rosto pra ele e recebi outro daqueles beijos que me abalavam as estruturas.

As mãos dele desceram para o meu corpo, tocando e apalpando, tirando as peças que restavam. Ele ergueu o corpo, ajoelhou na cama e começou a arrancar meu short, minha calcinha, subiu pra minha blusa e a arrancou também. Era quente o toque dele, quando seus dedos roçavam pela minha pele, eu tremia de expectativa e prazer.
Os lábios do meu peão, desceram para os meus mamilos e o arrepio que me atravessou, deixou meu corpo trêmulo.

O beijo quente as mordidas suaves e os toques. Tudo parecia resultado de um sonho louco e envolvente. Quando menos esperei, os lábios dele estavam descendo para minha barriga, abrindo caminho e procurando o ponto mais íntimo. Minha bocetinha contraía com o tesão e o hálito dele me arrepiou mais uma vez.

Fiquei sem saber o que fazer, imóvel. Só rebolava procurando sentir aquelas linguadas firmes na minha menina inteira. E as sucções cada vez mais fortes.

Eu não podia gemer muito alto, porque meus pais estavam no quarto ao lado. Mas minha vontade era de gritar até gozar.

Ele arqueou minhas pernas e continuou sugando e lambendo, mordia minha cocha...

Quando penso que não, gozei na boca dele.

Meu rosto estava quente, eu nem enxergava direito. O vi em vultos se colocando acima de mim e deslizando o pau, latejando dentro da minha bocetinha castigada.

Gememos juntos, as bocas coladas. Eu podia senti-lo inteirinho, deslizando e me preenchendo até bater bem no fundo.

Ficamos parados um momento, um respirando o fôlego do outro. Ele me olhava fixamente, acariciava minha cocha e se afundava mais em mim. Gemi alto quando ele saiu e entrou com força. A cama também.

E a cada movimento, a cama gemia junto.

Gabriel olhou em volta, viu um móvel alto suficiente pra me por sentada. Me pegou no colo sem desencaixar e nos encaminhou pra lá.

Agora sim ele entrava e saía do meu corpo, na velocidade que queria, sem se preocupar com o barulho.

A posição o fazia entrar e sarrar no meu grelinho. Eu o abracei já sem forças, me derretendo e explodindo em um gozo delicioso. Ele parou os movimentos, enquanto nossas bocas se comiam. Ficou parado, abraçado a minha cintura, nos entregamos ao beijo de forma deliciosa.

Então ele saiu de dentro de mim, me tirou de cima do móvel e me pôs de pé, de costas pra ele. Me apoiei no móvel e ele voltou a penetrar meu corpo.

Agora eu não agüentava mais segurar. Vez ou outra eu gemia alto e pedia em pensamento que ninguém ouvisse. Ele me segurou com força, fazia movimentos circulares com o quadril, entrando fundo.
Forcei o quadril contra ele e ele gemeu. Fiz de novo, ele me segurou mas não conseguiu se segurar e acabou gozando.

Fiquei ali escorada no móvel, com a respiração falha e as pernas trocadas.

-Acho que tem um rato no seu quarto.
-É um cachorro.-Abaixei pra colocar o miúdo de volta no cercado e ele nos encaminhou para a cama.-A que horas você vai embora?
-Não sei. Estive pensando em ficar, até você me expulsar.-Ele sentou e me puxou pro colo.-O que você tem?
-Nada Gabriel, estou cansada. Amanhã, vou dirigir até São Paulo.
-Quer que eu te leve?
-Não precisa.-Deitei a cabeça no ombro dele e fechei os olhos.-Quando eu voltar, você já vai estar casado e com filhos.
-Vai demorar tanto assim?
-O suficiente pra esquecer você e essa loucura que foram os últimos meses.
-Não me esquece não.-Ele me deitou na cama e se pôs por cima.-Eu não vou deixar.

Ah aqueles beijos, aquelas mãos. Aquele peão safado por quem infelizmente havia me apaixonado. Não tinha jeito, a distância era o melhor remédio pro coração magoado.

Os beijos voltaram a esquentar, as mãos dele voltaram a passear pelas minhas curvas e quando menos esperava, ele estava entre minhas pernas outra vez.

Me puxou de cima da cama, sentou e me sentou em seu colo. Foi maravilhoso sentir o pau dele estocando fundo, doendo e ao mesmo tempo me fazendo estremecer de prazer e gozar.

Nossos lábios não se separaram nenhum momento, os braços dele me apertaram contra seu corpo, me movia lentamente subindo, descendo e rebolando naquele mastro duro, ficando toda molhadinha e sentindo-o em todos os pontinhos da minha boceta.

Rebolei e sentei com força, subia e descia descontrolada e cada vez, mais e mais o gozo vinha me atingindo.

Gabriel acariciava meus seios, minha cintura, me puxava com força sobre seu pau, me beijava. Eu estava fora de mim, perdendo a linha, sem me preocupar com quem estaria ouvindo meus gemidos. Então Gabriel me segurou e me fez desmontar.

-Chupa ele, chupa.

Ele começou a punhetar o pau, estava a pouco de gozar. Eu caí de boca naquela pica maravilhosa. Sugava, lambia inteirinho a ponto de fazê-lo gemer. Enfiei o mais fundo que pude na garganta, lambi a cabecinha e Gabriel disse que não agüentava mais segurar.

Continuei a chupá-lo ele tomou o brinquedo da minha boca e punhetou um pouco mais, gemendo gozou na minha boquinha.

Minha lingua ficou esperando todo o leitinho cair. Quando fiquei satisfeita, engoli tudinho e dei mais algumas lambidas naquele pau que só me trazia felicidade. Apesar do homem ser quem era.

Me levantei e fui para o banheiro lavar o rosto e limpar o que ainda escorria pelas minhas pernas. Esperava que quando saísse de lá, Gabriel não estaria mais no meu quarto e eu poderia remoer minha fraqueza sexual pelo resto da noite.

Mas não foi assim que as coisas aconteceram. Quando saí do banheiro, ele estava sentado na cama, vestido, esperando por mim.

-Pensei que já tivesse saído.
-Resolvi esperar.-Ele me puxou para sentar em seu colo.-Me desculpa por tudo que disse no hospital. Eu estava morrendo de ciúmes de você e do Miguel, não estava raciocinando direito.
-Agora você já disse tudo que tinha pra me dizer Gabriel. Não precisa abrir a boca pra mais nada...
-Florzinha... você vai me perdoar um dia?
-Não.-Me levantei do colo dele e fui deitar na cama.
-Está certo então.-Ele se levantou e suspirou alto.-Eu vou indo, atrapalhei de mais o seu sono.

Ele me beijou na bochecha e saiu pela porta da varanda.
Meu coração foi com ele. E pelo resto da madrugada, não consegui dormir. Senti o cheiro dele no meu travesseiro e só queria saber disso.

Levantei cedo, tomei um banho demorado, escolhi uma calça jeans justa, uma blusa de seda vermelha e sandálias de salto. Penteei os cabelos, fiz uma maquiagem leve, só pra esconder as olheiras, coloquei brincos e uma correntinha discreta. Cuidei do meu cachorro e fui tomar o café da manhã.

A rotina na casa era a mesma. Ninguém agia como se um membro da família fosse embora, era só mais um dia que começava.

Meu avô já estava na roça, minha avó dormindo, meus pais estavam tomando café. Era sábado, dia de aproveitar bem a folga.

Tudo pronto, coloquei a bagagem que restava no carro, o cachorrinho ficou bem preso a porta, no banco ao lado. O carro estava pronto, eu me despedi da minha família, liguei o carro e fui saindo, deixando uma história de confusão, amor e peões pra trás.


(LINK PARA 11º PARTE)
http://kantinhodoscontos.blogspot.com/2012/03/historias-de-peao-parte-xii.html


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