terça-feira, 12 de abril de 2011

A festa.

 

Ocorreu á cerca de três anos. Uma festa de arromba, que comprometeu uma boa parte da minha família.
Meu nome é Jéssica Cheaunioux, sou uma das herdeiras do império do café. Vou tentar ao máximo encurtar a história, para que não acabe ficando maçante.
Desde pequena, cerca de onze anos de idade, era apaixonada pelo meu primo Hélio. Ele é filho do irmão mais velho do meu pai, o tio Otávio. Ao todo, meu avô tem cinco filhos, três homens e duas mulheres. De netos, somos treze, incluindo os adotados e os perdidos pelo meio do mundo.
Toda essa família enorme se reuniu na fazenda de meu avô, uma coisa que ocorria pelo menos, três vezes ao ano. No natal, aniversário do meu avô ou o da minha avó. Essa comemoração era pelo natal. Como a família havia crescido muito durante o último ano e a casa não estava completamente reformada, acabei dividindo o quarto com meu irmão mais velho, o Tiago.
Hélio não tinha irmãos, ofereceu para que Tiago dividisse o quarto consigo, mas ele preferiu ficar comigo. Não era muito sacrifício, já estávamos acostumados a dormir no mesmo quarto.
Só há um item que ainda não contei. É sobre mim. Havia acabado de terminar a faculdade de comunicação, estava trabalhando na redação de uma revista, mas não era o tipo de mulher que os homens viravam a cabeça para admirar.
Usava terno com freqüência, nenhum valorizava minha silhueta, usava meus cabelos presos em um coque e óculos horrorosos. Até gostava deles cinco anos atrás, mas agora passei a detestá-los.
Por isso, com todos os meus vinte e cinco anos, ainda era uma virgem tapada, que não sabia nada de homens. A não ser o que meu amigo Santiago Medeiros me confidenciava. Nós dividíamos um apê em São Paulo, trabalhávamos juntos, ele precisava de um lugar para ficar e eu de ajuda com o condomínio. Acabamos virando grandes amigos.
Mas voltando a falar da festa, nela a gente sempre se reunia, para falar sobre a grande festa do ano, o aniversário de meu avô. Dessa vez, ele completaria oitenta e três anos em Março, então teríamos o que fazer.
Hélio estava um tanto alterado pela bebida, eu o estava sempre evitando, porque morria de medo de ele descobrir o que eu sentia e me rechaçar. Mas aconteceu uma coisa estranha naquela noite.
Recebi um bilhete junto com um presente, uma caixinha pequena que tinha um lindo laço vermelho. Fiquei curiosa por saber de quem era, me recolhi em um canto e li o bilhete.

“Venha até meu quarto, assim que a festa terminar. Hélio”.

O bastardo estava ao pé da escada me observando, abri a caixa e corei, quando vi um pacote de camisinha lá dentro. Havia entendido muito bem suas intenções. E o pior, eu as havia aceitado.
Assim que todos se recolheram, lá pelas quatro da manhã, saí de meu quarto e fui visitar o Hélio. Estava ainda com as roupas que havia usado na festa, um conjunto vermelho de calça e suéter. Bati duas vezes e a maçaneta girou, Hélio estava envolto em uma toalha, sorriu quando me viu.
-Pensei que havia ignorado meu chamado.-Ele me puxou para dentro e trancou a porta com chave.-Estive louco para arrancar essas roupas de você a noite inteira.
Ele me puxou pela cintura, me deu um beijo quente e com cheiro de bebida. Com mãos apressadas, ele começou a me tatear por baixo das roupas e arranca-las de sua vista. Tentei detê-lo, mas o que podia fazer contra um homem bêbado? Fiquei meio surpresa, meu coração batia descompassado. Eu nem sabia como corresponder a aquela urgência.
-Quero você.-Ele falou, enquanto tirava meu sutiã.-Por Deus, ele são lindos. Você devia usar mais decote.-Ele estava brincando com meus peitos e mordiscando meu pescoço.-Você trouxe as camisinhas?
-Não...
-Não tem problema, tenho mais aqui.-Ele me jogou na cama e deitou sobre mim.-Toma pílulas?
-Não.
-Com sua idade, ainda é tão descuidada?
-Eu não tomo pílulas, porque sou virgem.-Falei logo de uma vez, Santiago me aconselhou a nunca esconder isso do meu parceiro.
-Virgem é?-Ele abriu a gaveta ao lado e pegou camisinhas.-Não se preocupe, a partir de amanhã, não será mais.
Não era aquilo que havia sonhado pra minha primeira vez. Ainda mais, sendo com o homem que desejei toda minha vida. Mas ele não estava nem aí pra mim. O desgraçado arrancou minhas roupas e tirou a toalha num piscar de olhos. Fiquei apavorada, quando vi o tamanho daquele troço. Mesmo que fosse minúsculo, acho que me sentiria assim.
Ele pegou uma das camisinhas, vestiu e colocou o pau entre minhas pernas. Meu pavor aumentou, quando ele forçou a entrada.
-Está doendo.-Falei, enquanto tentava afasta-lo.-Para com isso.
-Fica quieta que logo para de doer.
Não parou nada. Eu estava seca e ele com dificuldade de encontrar o buraco certo. Começou a forçar e me machucar, até que cansei de tentar detê-lo e comecei a chorar feito uma parva.
-Qual é o seu problema?
-Eu não quero assim.
-Quer o que então?-Ele já havia broxado a aquela altura.-Quer saber, veste as roupas e some daqui.
-O que?
-É isso que ouviu, vamos, some daqui.-Ele se levantou e colocou a toalha novamente.-Vou ver se consigo alguma coisa com a Suzi.
E saiu me deixando naquela situação.
Nunca fui tão humilhada em toda minha vida. Nem na escola, nem no trabalho. Em minha família, sempre encontrei abrigo contra tudo. Acabei odiando ter vindo passar o natal na fazenda.
No outro dia, juntei meus trapos e saí. Disse a meus avós que tinha trabalho a fazer e peguei o primeiro vôo para São Paulo.
Por ser natal, acabei encontrando o apartamento vazio. Foi melhor assim, Santiago não estaria ali para me ver naquele estado. Havia chorado desde o momento em que saí do quarto do Hélio.
E para meu azar, aquelas malditas camisinhas estavam em minha bolsa. As deixei sobre a cômoda, para mostrar para mim mesma o que significava para o único que amei.

Já passava da meia noite, quando Santiago chegou. Estava bêbado, mas para meu assombro, desacompanhado. Pensei que ele ficaria com uma das várias namoradas que tinha. Ao contrário de mim, Santiago era um homem sozinho, sua família morava em Lisboa, ele veio a trabalho e nunca mais saiu do Brasil.
Era um homem culto, sem vergonha e cafajeste. Mas comigo, nunca se assanhou. Também, eu parecia um repolho.
-O que você tem?
-Nada.-Fechei os olhos quando ele acendeu as luzes.-Apaga, por favor.
-Não era para estar com sua numerosa família?
-As coisas não foram boas por lá.-Apontei para a cozinha.-Trouxe alguns quitutes pra você. Só não imaginava que o veria ainda hoje.
-Tecnicamente, já não é mais hoje.-Ele sorriu e sentou ao meu lado.-Vamos, fale o que você tem. Quem te fez chorar desse jeito?
-Um idiota completo.-O abracei, porque só com ele encontrava segurança.-Estava disposta a me entregar, mas ele foi um canalha.
-Ele machucou você?
-Machucou.-Suspirei.-Nem sei o que ele fez direito. Mas foi tão cruel, que me senti uma maldita estúpida.
-Você não pode ficar assim, só porque alguém brincou com você. Tem que aprender a erguer a cabeça e olhar sempre pra frente.
-Não tenho confiança para olhar sempre pra frente.-Suspirei mais uma vez.-Me diz, por que ninguém me convida pra sair? Por que ninguém enche meu ego?
-Porque você não ajuda.-Ele se afastou.-Está sempre emburrada e de mal com a vida. Não sai, não faz compras, só trabalha e se esconde dentro dessa casa.
-Claro.-Bufei e então, tive uma idéia.-Claro! É isso!
-Isso o que?
-Você vai me transformar no tipo de mulher com quem sai.
-Como é? Menina, você bebeu?
-Não. Por favor, Santiago, eu preciso da sua ajuda.
-O que você quer?
-Só uma ajudinha. Sabe, eu tenho material, só que a embalagem está ultrapassada. Ninguém melhor do que um homem, para me ajudar a me vestir para agradar a outro homem.
-Eu não vou fazer isso.-Ele se levantou.-Você não precisa disso.
-Pensei que quisesse me ajudar.
-E quero.
-Então me ajude a ficar desejável.-Também me levantei e me aproximei.-Em três meses, vou voltar a aquela fazenda para a festa de aniversário do meu avô. Cansei de ser a garota puritana com cara de freira.
-Mas...
-Sem, mas.-Eu sorri.-Não vou fazer nenhuma besteira. Só vou mostrar para aquele idiota, que ele não me atingiu em nada. Que posso e sou melhor do que ele.
-Mas ele te atingiu.
-E não precisa ficar sabendo.-Sorri.-Eu trouxe torta de limão.
-Você é uma bruxa.-Ele se deu por vencido e sorriu.-Tudo bem. Amanhã vamos dar uma voltinha no shopping e cabeleireiro. Mais pra frente, iremos substituir esses óculos por lentes. E você vai pegar um sol, está muito branca.
-Eu sabia!-Me atirei nos braços dele e o beijei no rosto.-Você é meu melhor amigo.
-Amigo.-Ele me apertou junto ao abraço e me afastou.-Bem, agora vá dormir. E pense bem no que vai fazer menina, para que não te machuques.
-Obrigada.-Parei em frente à árvore e peguei um embrulho.-Isso aqui é pra você.
-Não precisava.-Ele abriu e viu o relógio de ouro e sorriu.-Corrigindo, precisava sim. Obrigado pequena.
-Até amanhã.

Vou avançar a história, para a melhor noite de minha vida.

Havia se passado dois meses e a festa de meu avô, seria dali a poucas semanas. Havia passado no salão, o que virou rotina em minha vida. Toda sexta eu passava por lá, fazia as unhas e coloria os cabelos, ou fazia um penteado bonitinho.
Dessa vez, ousei e acabei com aquele lisinho simples. Fiz um permanente, pintei as unhas de vermelho, o que ressaltou a pele bronzeada de minhas mãos. Dali, fui até uma loja e comprei um vestido vermelho, acabei me entusiasmando e comprei algumas coisas mais.
Se Santiago havia me ensinado uma coisa, foi que roupas faziam o ego da mulher ficar nas alturas. E que eu devia me sentir bem, tanto por fora, quanto por dentro.
Eu iria arrasar na festa do meu avô.
Quando Santiago chegou, eu havia acabado de tirar um vinho da geladeira, estava aprontando duas taças.
-Você tem encontro hoje à noite?
-Tenho.-Ele largou as chaves.-Passou no salão?
-Sim, gosta?-Ele disse que sim e suspirou, parecia cansado.-Bem, estava esperando você chegar, para pedir sua opinião.
-Quanto a que?
-A roupa que escolhi para a festa.-Estendi uma taça para ele e sorri.-Eu juro que não demoro.
-Leve o tempo que precisar.-Ele pensou um instante.-Ou melhor, eu vou tomar um banho, enquanto você se veste. Capricha.
Me enfiei no quarto, tirei uma lingerie vermelha e preta, que comprei para combinar com o vestido. Coloquei a lingerie, depois tirei o vestido do armário.
Quando terminei de me vestir, parei em frente ao espelho e suspirei. O vestido tinha um decote generoso, era colado ao corpo e longo. Havia uma abertura do lado direito, que alcançava até o meio da cocha. As meias ficavam em evidência. Saí do quarto e Santiago ainda não havia saído do banheiro. Me sentei no sofá, com uma taça na mão. Havia aprendido a beber, enquanto passava horas conversando com Santiago, sobre o que os homens gostavam em uma mulher.
Era o único jeito de fazê-lo falar. Só tomando uns copos. Por isso, sempre que ele chegava, já o estava esperando com uma taça de vinho, ou de champanhe.
Ele saiu do banheiro vestindo um robe azul, que ele adorava. Se sentia um conde, quando colocava aquele robe e sentava na sala para ler o jornal logo cedo.
-Jéssica?
-Estou na sala.-Ele parou no meio do caminho, olhando para mim um tanto embasbacado. Me levantei e dei um passo a frente.-Então, o que acha?
-Vai matar o velho do coração.-Ele tomou a taça da minha mão e tomou um gole generoso.-Vermelho lhe cai bem.
-Percebi.-Não sei porque, mas percebi que Santiago estava muito sexi naquele robe. O que diabos estava acontecendo? Eu o via diariamente com aquele mesmo robe, por que só agora havia notado como ele ficava sexi com ele?-É só isso que tem a dizer?
-Não, acabo de decidir que não vou sair de casa hoje. Não estou em condições.
-O que ia fazer?
-Encontrar uns amigos, sair para beber.
-Ótimo, posso me trocar e ir com você. Quem sabe não ponho em prática o que aprendi?
-Não.-Ele me segurou de uma forma possessiva.-Você aprendeu muito bem. Não a quero perto daqueles aproveitadores.
-Bem, desculpe.-Fiquei com vergonha pela primeira vez, diante dele.-Eu... eu vou me trocar.
-Não vai não.-Ele soltou meu braço e me rodeou.-Sabe, você aprendeu direitinho mesmo.
-Isso não é bom?-Estranhei a espressão dele.-Qual o problema?
-O problema, é que eu também sou homem.
-O... o que isso quer dizer?
-Que você está me tentando desde que colocou essa idéia estúpida na cabeça.-Ele voltou a parar na minha frente e me devolveu a taça.-E Deus sabe, o quanto tentei evitar que isso acontecesse.
-Isso o que?
Ele me calou com um beijo. E Deus do céu, que beijo foi aquele? A boca dele, tinha um modo mágico de beijar, lamber e sugar. Ele me deixou excitada com um maldito beijo! Ah se ele visse o que tinha por baixo daquele vestido.
Foi então que percebi que ele podia ser o meu professor. Já que me ensinou tanto sobre meu comportamento, porque não me ensinar sobre sexo?
O abracei e deixei que sua mão descesse por minha coluna e tocasse minha bunda. Ele foi massageando, apertando e tocando. Eu adorei sentir aquelas mãos grandes pegando em todo meu corpo. Ele me beijava e eu me sentia tocando nas nuvens.
Ele se afastou, estava com os lábios sujos de batom vermelho e os olhos brilhavam de uma forma que dava medo.
-De todas as mulheres desse mundo, por que logo você está me fazendo sentir assim?
-Por que não eu?
-Porque você... você é minha companheira, minha amiga.-Ele acariciava meus cachos, enfiando os dedos entre os cabelos da nuca.-Não quero brincar com seu coração. Ficará triste, quando aparecerem outras.
-Não amo você.-Disse o que estava começando a acreditar que acontecia ao contrário.-E também, o homem da minha vida, já partiu meu coração. Não se preocupe.
-Quando vai entender, que não é só sexo? Moramos juntos.
-O que tem isso?-Eu sorri tentando passar uma confiança ensaiada.-É melhor que não precisa sair de casa, para buscar prazer.
-Você não é prostituta.­-Ele me segurou com as duas mãos e me trouxe para perto.-Não é porque está mais confiante, que vamos seguir em frente.
-O que quer que eu faça? Vá à procura de outros homens?
-Não vais a procura de ninguém.-Ele se alterou.-Ou já esqueceu-se o que aquele safado lhe fizeste?
-Eu posso fazer o que for com meu corpo. Agora não tem mais importância!
-Claro que importa.-Ele suspirou.-Entende menina, o que estais a me pedir, é um pouco difícil.
-Difícil porque você ainda me vê, como aquela garota feia que morava com você aqui. A garota dos óculos de aros largos e cabelo sempre preso!
Ele me calou com um baita de um beijo. Mais furioso do que o último. Esmagou meus lábios de uma forma possessiva e impaciente, que me deixou sem ar.
Ele puxou o zíper do meu vestido para baixo e baixou as alças. Afastou um pouco e me observou, depois fechou os olhos com força.
-Acabaste com o resto de juízo que tinha.-Ele tocou meus seios com força enquanto terminava de despir meu vestido.-Decida logo menina, posso não conseguir parar, depois que começar.
-Se você parar, eu vou gritar.
Ele me pegou no colo e me levou para o quarto. Era a primeira vez que ele me deitava naquela cama. E aquele colchão era tão macio, a cama era tão espaçosa, me senti a mulher mais sensual do mundo, quando ele começou a me beijar, sobre aquela cama.
Puxei o laço do robe dele e aos poucos, fui o livrando dele. Era impressionante, ele tinha músculos bem trabalhados, não era flácido nem nada e tinha uma barriga de tanquinho. Eu nunca reparava nisso, porque ficava suspirando pelo idiota do Hélio.
Minha meia deslizou pela coxa, passou pela panturrilha e finalmente deixou meu pé, indo parar perto da porta. O mesmo destino teve a outra. Agora restava uma calcinha vermelha de renda de tirinhas e o corpete vermelho sem alças. Santiago beijou o decote, enquanto os dedos trabalhavam para desabotoar todo o corpete. Ele parou por um momento, quando viu meus seios a mostra, me olhava nos olhos, enquanto os acariciava suavemente, torcia meus mamilos e beliscava, me deixando louca de tesão.
As mãos dele trabalhavam ainda em meus seios, quando a boca começou a explorar a área do pescoço, a língua passeava por todo meu colo e aos poucos, foi baixando até contornarem meus seios. Devagar ele sugou meus mamilos, pôs todo meu seio na boca e o sugou com vontade, totalmente excitado. O tesão foi crescendo, estava molhada a ponto de ensopar a calcinha.
Santiago desceu aos poucos, mordiscava minha pele, beijava meu umbigo, me lambia e continuava seguindo mais a baixo. Passou direto por minhas pernas e começou a se dedicar a meus pés. Lambeu e chupou meus dedos, um por um, passava a língua entre eles, se dedicava a cuidar de todo meu corpo. Ele deslizava a língua pelo contorno do meu pé e mordiscou meu calcanhar. Senti um prazer estranho e surpreendente. Ele continuou a lamber e mordiscar, enquanto tocava e apertava minhas cochas. Seus dedos chegaram a roçar o contorno da calcinha, mas não me tocaram definitivamente.
Devagar, ele baixou minhas pernas, deslizou as mãos até os fios da minha calcinha e a tirou devagar, olhando fixo em meus olhos. Ele se moveu finalmente e então eu pude vê-lo, o quanto era grande e grosso. Entrei em pânico, morria de medo da dor que voltaria a sentir. E aquela ali seria maior, já que me deparava com uma ferramenta bruta.
Soltei o ar quando os lábios dele voltaram a deslizar pelo meu corpo. Gemi em protesto e surpresa, quando ele me chupou. Santiago estava se tornando o meu professor mais adorado.
A língua dele era bem educada, estava sempre lambendo e penetrando, ele me chupava e mordia levemente, apertava meu clitóris entre os dedos indicador e polegar, enfiava a língua devagar na abertura e continuava a descer e subir. Mas sempre que a língua dele pressionava meu grelo, sentia uma pontada de prazer, que me fazia querê-lo lá dentro de mim.
-Santiago, eu quero você.-De alguma forma, aquela roupa vermelha e o vinho, me deixaram confiante.-Santiago, por favor...
-Te acalme.
Ele me deu um chupão, que abalou o meu interior e quando dei por mim, estava gozando na boca dele. Aquilo era o orgasmo? Não vi fogos nem ouvi a bandinha no fundo, as estrelas ficaram lá no céu. Mas meu corpo relaxou depois disso. Então Santiago levantou e posicionou a cabeça do pau na minha entradinha.
Opa, eu havia esquecido o tamanho daquele fenômeno. Respirei fundo e fechei os olhos, esperava sentir uma dor aguda, quase comparada com a dor do parto, mas não foi o que aconteceu. Apareceu uma ardência na entrada, que só fez aumentar o prazer. Mas Santiago ficou meio que parado, meio que atônito.
-Droga Jessi.-Ele respirou fundo.-Por que não disse que ainda era virgem?
-Por quê? Qual é o problema?
-Eu pensei que seu primo tivesse feito o trabalho.-Ele baixou o corpo e me abraçou, me beijando no ombro e no pescoço.-Fala pra mim que você é só minha.
-Eu sou só sua.-Eu falei, enquanto sentia ele indo mais fundo em mim.-Só sua.
-Prometa pra mim, que não vai dar essa boceta pra mais ninguém.-Ele segurou meu rosto com uma mão e segurou meus pulsos com a outra.-Anda, fala que você é só minha.
-Eu sou só sua.-Ele começou a ficar possessivo de repente e me penetrava com força, fazendo as paredes da minha vagina estrondarem.
Santiago soltou meu rosto, segurou meus pulsos com as duas mãos, ergueu o corpo e se enfiou todo dentro de mim. Eu não podia me mover, com o peso do corpo dele sobre o meu. Meu corpo estava completamente retesado, sentia pontadas de prazer, que iam das pontas dos dedos, seguiam por minhas pernas, paravam no centro aonde ele metia com força e se espalhavam por todo meu corpo.
Fiquei com um calor repentino, que começou pelo meu rosto. Havia um ponto onde ele penetrava, que me fazia gritar de prazer. Ele me observava, enquanto o clímax começava a me arrebatar. Eu já estava rouca, a garganta doendo, meus peitos ficaram quentes, meu rosto, o ponto onde ele penetrava, estava ardendo e então, eu me calei. Meu corpo era igual a um vulcão, prestes a entrar em erupção.
“Sei que essa frase é clichê, mas nunca fez tanto sentido”.
Santiago soltou meus pulsos, arqueou minhas pernas e foi mais fundo ainda.
Eu gritei e joguei a cabeça no travesseiro, não estava enxergando mais nada, minha cabeça dava voltas, meu corpo se contraiu e de repente, eu me entreguei ao melhor clímax da minha vida.
Santiago continuou me levando ao paraíso, cada vez mais forte e cada vez com mais violência. Ele me segurou pela cintura, as mãos dele pareciam feitas de aço. Ele me puxou contra o seu pau algumas vezes, até que gozou dentro de mim.
Levaram alguns instantes, para que ele soltasse meu corpo e se deitasse ao meu lado. Eu me aconcheguei a ele e fechei os olhos, estávamos suados e pegajosos, mas continuei deitada aproveitando aquele abraço quente.
-É... o que acha de pedirmos uma pizza grande e tomar um banho?
-Só se você me carregar no colo.
-Espera só um pouquinho.
Ele levantou e sumiu do quarto. Fiquei alguns instantes deitada, sentindo cada cantinho do meu corpo, dolorido.
Quando Santiago voltou, eu estava relaxada sobre a cama, com os olhos pesados. Ele me tirou de cima da cama e me levou no colo até o banheiro.
-Você está bem?-Ele perguntou, enquanto entrávamos na banheira de água quente.
-Estou morta.-Falei enquanto me sentava no colo dele.-Isso foi... incrível.
-É, foi sim.-Aquele sorriso cafajeste, eu já havia presenciado muitas vezes.
-Qual é o seu problema hein?
-Meu problema é você.-Ele me beijou, enquanto me mantinha presa ao abraço.
-Espera.-O empurrei.-Aquilo que falou, sobre ser sua. O que você queria dizer necessariamente?
-Que se você trepar com outro cara.-Ele segurou meu pescoço com as duas mãos.-Eu te mato, quebro esse pescocinho lindo que você tem.
-Está brincando, não está?
-Não.-Ele riu.-Você será minha escrava, de agora em diante.
Ele estava falando sério? O que havia possuído aquele homem louco? De repente deixou de ser o Santiago bonzinho e amoroso e se transformou em um Santiago ciumento e possessivo.
De repente, ele começou a rir. Do nada, ele dava gargalhadas dentro da banheira. Pronto. O cara havia pirado.
-Você precisava ver.-Ele parou de rir um instante.-Pensou que eu estava falando sério?
-Não estava?-Eu engoli um nó.
-Não, só fazia parte da brincadeira.-Ele me abraçou com força.-Mas isso não quer dizer, que eu não vá ficar com ciúmes, se você arrumar outro.
Continuamos namorando dentro daquela banheira. Agora que eu estava mais aliviada, podia aproveitar os beijos e carinhos que estava ganhando. Mas a campainha tocou e nos separamos.

Dali a três semanas, estava pronta para encarar as feras da minha família. Mas percebi também, que junto com a minha mudança, também houve mudança no Santiago, que ficava irritado quando algum homem me olhava do jeito errado. Percebi até que ele mesmo, ficava me olhando daquela forma pidona, com os olhos cheios de desejo.
Comecei a provocar mais o Santiago, afinal, só tranzamos aquela noite e de repente, ele sumiu. Passava as noites fora e me evitava no trabalho.
Fui para casa mais cedo, havia fingido que encontraria alguém lá e pronto, ele parecia um leão enjaulado.
Quando Santiago chegou, o porteiro interfonou para visar, a pedido meu. Eu corri para a sala e subi na escada que estava estrategicamente posta a frente da estante, de onde eu fingia estar tirando poeira, enquanto falava ao telefone com viva voz.
Santiago entrou, enquanto eu estava toda empinada sobre a escada, com uma sainha curtinha e sem calcinha. Conversava com uma colega do trabalho, que contava alguns segredos sobre umas coisas que ela sabia muito bem como funcionava.
-E não dói?-Perguntei, fingindo não ter visto o Santiago.
-Que nada. É só você relaxar e usar um lubrificante e mandar ver.
-É uma pena que eu não tenha com quem usar.-Vi o reflexo do Santiago se aproximando, pela madeira polida da estante.-Estava louca para aprender coisas novas.
-Aproveita essa festa que você vai, quem sabe não encontra alguém disposto a te ensinar?
Santiago enfiou a mão embaixo da minha saia e eu fingi ter me assustado. Depois as mãos dele afastaram minhas pernas, pondo um pé sobre um degrau mais alto, enfiou a língua na abertura que ele mesmo provocou e com os dedos massageava meu grelinho. Eu gemi sacudida pelo prazer repentino.
-O que está acontecendo aí?
-Nada, eu me machuquei. Olha, amanhã a gente se fala.
-Tudo bem. Até amanhã então e...
Desliguei o telefone antes que ela terminasse. Santiago me puxou de cima da escada com violência, me pôs de pé na frente dela e levantou minha saia. O pau dele já estava fora da calça, quando ele se aproximou, tapou minha boca e começou a roçá-lo na minha boceta toda molhada. Quando eu pensei que ele iria enfiar tudo em mim, ele subiu e forçou no meu cuzinho. Eu não podia gritar, porque ele estava tapando minha boca, mas meus olhos se encheram de lágrimas e a dor foi insuportável.
Santiago empurrava com força, eu estava com as pernas fracas e me ajoelhei nos degraus da escada. Ele continuou com a mão cobrindo minha boca, sabendo que estava me machucando e mesmo assim, arremetendo fundo em mim.
Então ele parou, soltou minha boca e tirou a pica da minha bunda. Me levou para o quarto dele e me pôs de quatro. Ele tinha um pote de gel lubrificante guardado na mesa ao lado da cama. Enquanto lubrificava meu cuzinho, ele enfiava a pica na minha buceta, que agora estava doendo de tesão. Então ele novamente me deixou sem o calor daquele pau maravilhoso e enfiou tudo de novo no meu rabo. Dessa vez, ele foi devagar, lubrificando bem o pau antes de entrar com força.
Agora sim eu podia gritar, mas dessa vez de prazer. Santiago ainda estava de terno e devia estar com um calor filho da puta, mas continuou com o serviço sem se abalar com nada.
Os dedos dele eram enfiados na minha boceta e o pau fincava fundo na minha bunda. Eu não agüentei, gozei naqueles dedos espertos. Ele tirou da minha boceta e enfiou os dois na minha boca, enquanto continuava a empurrar mais fundo e mais forte.
Eu mexia a bunda, ele agarrado aos meus cabelos, me puxava para empinar mais a bunda, até que ele deu um forte tapa e me segurou com força contra sua tora, largando toda aquela porra no meu cuzinho.
Quando ele me soltou, não conseguia ficar de pé. Deitei sobre a cama dele e fiquei observando enquanto ele saía do quarto e voltava minutos depois, sem roupas e pingando água dos cabelos.
-Por que não me esperou para tomar um banho com você?
-Estou com um pouco de pressa.-Ele abriu o armário, tirou uma mala e puxou algumas roupas das gavetas, enfiando tudo na mala.
-Santiago, aonde você vai?-Comecei a me sentir uma mulher que estava prestes a ser abandonada pelo marido.-Fala! Você vai embora? Arrumou outra ou o que?
-Nem um nem outro.-Ele parou e me fitou.-Eu preciso viajar para Portugal.
-Você volta?-Eu já estava começando a chorar feito uma parva, quando ele parou e se aproximou.
-Claro que eu volto.-Ele me abraçou com força e me beijou.-Só não sei quando. Calculo que em três ou quatro semanas.
-Mas você vai perder a festa.
-O importante é que você esteja lá.-Ele baixou a alça da minha blusa e começou a chupar meus peitos devagar, enquanto enfiava a mão entre minhas pernas.-Estou louco pra meter em você de novo.
-Está esperando o que?
-Não dá, meu vôo sai em uma hora. Preciso terminar de arrumar meus documentos e...
Ele me deu as costas e saiu do quarto outra vez. Comecei a dobrar as roupas dele, e organizar na mala, enquanto ele voltava com uns papéis nas mãos.
-Não precisava ter se incomodado.
-Vai cuidar do que tem que cuidar, eu arrumo isso aqui.-Sentei na cama e guardei os papéis na mala, dentro de uma pasta. Então ele voltou e me deu um beijo longo e demorado, enfiando os dedos por baixo dos meus cabelos e acariciando minha bunda por baixo da saia.-Você promete que volta?
-Sim, eu prometo.-Ele me fitou nos olhos e me abraçou com força.-Se cuida. E por favor, toma cuidado com o que vai fazer nessa festa.
-Eu vou tomar.-Ele me soltou, fechou o zíper da mala e saiu arrastando-a.-Eu te amo.
Falei para a porta que se fechava. Voltei a deitar na cama e fechei os olhos. Foi então que uma coisa me chamou a atenção.
-Ele não pode sair daqui tão atrasado para um vôo internacional.
Levantei correndo e fui até o armário, procurei os documentos lá na gaveta de cima e lá estava, o passaporte do miserável estava ali. Ou ele havia esquecido, ou estava mentindo. Preferi fazer o teste, se ele realmente tivesse esquecido, voltaria para buscar, perderia o vôo e poderíamos trepar uma última vez.
Mas não foi o que rolou. Então minhas suspeitas estavam se confirmando, ele tinha realmente outra. Ele agia como um homem apaixonado que escondia alguma coisa. E só podia ser outra mulher. E essa viagem? Ele mentiu pra mim, como se eu fosse à esposa traída ou coisa parecida. Eu sabia que alguma coisa iria mudar entre nós dois, só não sabia que iria sofrer tanto com isso.
Uma coisa mudou dentro de mim naquele momento. Levantei, enxuguei as lágrimas e fui resolver minha vida. Se ele queria me tratar como uma esposa otária, ótimo! Seria assim.
Troquei as fechaduras da casa e tranquei o quarto dele com chave. Se ele voltasse, o que realmente aconteceria, não poderia levar suas coisas enquanto não se explicasse.

Passaram-se todos os dias que tinham para passar até o fim de semana decisivo. Fiz minhas malas, mas não consegui sair de casa. Contava que Santiago estivesse comigo naquele momento, me impedindo de fazer loucuras e... e eu sabia que não iria dormir com o Hélio, porque eu amava o Santiago e havia percebido isso, na hora errada.
Enfim, resolvi aparecer na festa encima da hora. Havia passado no salão na véspera e deixei os cabelos soltos, me enfiei naquelas roupas vermelhas que havia comprado, fiz uma maquiagem sensual, como havia planejado que seria e saí.
Cheguei à casa do meu avô, por volta das oito e quarenta. Quando entrei naquele mar de gente, percebi que aqueles olhares me despiam e engoliam. Fiquei constrangida, fui para o meu quarto respirar e percebi que mais uma vez, iria dividir o quarto com meu irmão.
Dali a dez minutos, desci novamente as escadas. Fui parabenizar meu avô, falar com meus pais e cumprimentar o resto da família. Meu tio Otávio, pai do Hélio, me tirou para dançar assim que alcancei a pista. Também havia ensaiado aquilo com o Santiago, algumas noites que fomos a boates. Mas a forma como as mãos dele passeavam pelo meu corpo, conforme dançávamos, foi o que me deixou ligada.
Então comecei a beber. A música rolava alto, as pessoas riam e conversavam comigo e eu só respondia com a cabeça. Estava com um punhal fincado no peito e querendo vingança.
Saí da sala de festa e fui para os fundos da casa. Não demorou e minha solidão foi atrapalhada.
-Ora, ora.-Lá vinha ele, pronto para me infernizar o juízo.-Pensei que não nos daria a honra da sua presença.
Hélio se aproximou de mim me medindo centímetro por centímetro. E eu me perguntando, como consegui me apaixonar por aquele infeliz. Ele parou bem a minha frente e enfiou as mãos nos bolsos.
-Espero que não esteja chateada pelo que aconteceu entre nós, durante a última festa.
-Como assim?-O fitei com a cara mais deslavada do mundo.
-O lance que rolou no meu quarto.
-Desculpe Hélio, mas que lance foi esse?
-Ora, você esteve no meu quarto e eu falei um monte e besteiras, enquanto tentava trepar com você.
-Deus do céu.-Fingi ficar pasmada.-Você não fez nada disso.
-Como é?-Ele estava começando a cair.
-Não. Eu não estive no seu quarto da última vez.-Falei como se aquilo dependesse da minha vida.-Tiago e eu passamos a noite jogando conversa fora.
-Sério?-Ele pigarreou.-Eu... peço desculpas, pensei que fosse você.
-Por que pensou?
-Porque estava cheio de tesão em você.-Ele me pressionou contra a parede e enfiou uma das pernas entre meus joelhos.-Assim como estou agora.
-Hei, me solta.-Eu falei cheia de autoridade e o empurrei com as duas mãos.-Está pensando o que?
-Em você dentro desse vestido super-decotado.-Ele enfiou a mão dentro do meu decote.-Eu juro que já vi esses seios em algum lugar.
-Vai ver estrelas se continuar.-Tirei a mão dele de dentro do meu vestido e me esquivei.-Nunca mais ouse tocar em mim.
Saí dali correndo e caí nos braços do tio Otávio. Ele riu quando eu comecei a me desculpar e me enfiou em um armário que minha avó usava como almoxarifado.
-O que você quer?-Aquele cheiro de detergente estava me deixando enjoada.
-Fala sério garota, você sabe o que eu quero.
Ele enfiou a mão embaixo do meu vestido, procurando a beirada da minha calcinha, enquanto a língua invadia minha boca, me deixando tonta. Bem que o Santiago havia me avisado para não mexer com o que não conhecesse. Fiquei excitada, conforme ele esfregava os dedos em mim, quando ele começou a enfiar então, fiquei louca de tesão.
Estava espremida dentro daquele armário, caíam coisas sobre nós dois. Três dedos dele estavam enfiados em mim, enquanto meus peitos pulavam pra fora do decote e a boca dele os atacava.
Lembrei de Santiago na hora. Os beijos, as carícias. Meus olhos marejaram de prazer e dor ao mesmo tempo.
Minha tia costumava falar mal de mim, era aquele tipo de tia que ninguém suporta. Daquelas que ficam humilhando os outros, para engrandecer sua linda família.
E aquele ali, era o irmão do meu pai. O que eu estava fazendo?
-Tio, para.-Tentei me afastar, mas ele já estava me encurralando contra a parede e seu corpo.-O que você... Ah!
Ele me ergueu e penetrou meu corpo de uma só vez. As lágrimas caíram, de dor, de medo e de repulsa. Tanto por mim, quanto por ele. Eu devia estar sentindo tesão, mas só conseguia pensar em Santiago. Otávio era um homem grande e forte, mas não era o Santiago.
-Ah gracinha, você me dá um tesão danado. Desde que seus peitos começaram a crescer, eu sonho em comer você.
-Para com isso, para!
Foi tudo que consegui dizer. Ele tapou minha boca com um beijo com gosto de fumo e álcool e continuou a arremeter fundo, eu mal podia senti-lo. Estava com as costas doendo, minha bunda estava sendo cutucada por alguma coisa pontuda, minhas pernas escorregavam dos braços dele, então ele me soltou, me fez ajoelhar e me segurou pelos cabelos.
-Bebe tudinho vai neném.
Aquela porra quente e espessa jorrou no meu rosto e cabelo, escorreu no meu decote, sujou meu vestido. Enfim, minha festa estava arruinada.
-Vou sair, você espera um pouco para não dar bandeira.
Puxei um rolo de papel-higiênico que estava em uma das prateleiras e limpei o rosto, minha maquiagem estava borrada, meu cabelo estava arruinado e o vestido... Nem posso dizer o ódio que senti dele naquele momento.
Quando o acesso de raiva diminuiu, eu me levantei, abri a porta e dei uma boa olhada. Estava tudo calmo, então corri para a escada e subi sem que ninguém me visse, me tranquei no quarto e encostei na porta.
Podia imaginar o olhar de repreensão de todos, quando soubessem o que eu fiz.
-Você agora é uma nova mulher Jesse.-Eu repetia as palavras que Santiago vinha dizendo, nos últimos meses.-Você pode o que você quiser.
Maldito traidor. Ele havia me deixado no pior momento. Eu só queria sexo, não pedi para se casar comigo, não precisava ter corrido de mim daquela forma.
Uma coisa negra transformou algo dentro de mim, então abri a mala e peguei o vestido reserva.
-Agora sim minha festa vai começar.

Quando desci novamente, já estávamos alcançando a meia noite. Eu sabia que a festa duraria a noite inteira, então tinha tempo.
Minha mãe sorriu quando me viu e me fez dar uma volta.
-Você sempre ficou bem de vermelho. O que deu em você?
-Resolvi ousar.-Eu peguei uma taça da bandeja que passava por perto e sorri para o garçom.-Essa festa vai até que horas?
-Nem sei. Estou exausta. Daqui a pouco vou subir com suas tias e primas. Os homens sempre ficam sozinhos depois das três, bebem, jogam e falam mal de nós.
-Parece divertido.
-E você? Prensei que seu namorado viria.
-Não, eu não estou namorando.
-E o Santiago?
-Não, ele era só meu colega de apartamento.
-Era? Ele foi embora?
-Parece que sim. Mas deixa ele pra lá. Me diz, o que fez nesse cabelo e...
-Jéssica.-Tiago me puxou pelo pulso e sorriu para mamãe.-Da licença mãe, tenho que conversar com ela.
-Tudo bem. Depois conversamos mais querida. Divirtam-se crianças.
-Vem comigo.-Ele me puxou pelas escadas e antes de chegarmos ao quarto, me soltou e enfiou a mão na minha cara.-Sua vagabunda.
-O que foi isso?! Está doido?
-Entra.-Ele me empurrou porta a dentro e a trancou, guardando a chave no bolso.-Eu vi o que você fez.
-Viu o que? Qual é o seu problema moleque?
-Vi você e o tio Otávio no armário de vassouras.
-Viu como?
-Vi vocês dois entrando lá e fui correndo pro quarto de vigilância.-Ele puxou um disco do bolso e eu congelei, havia esquecido das câmeras.-Gosta de filme pornô, irmãzinha?
-Ok.-Abri a bolsa e peguei o talão de cheques.-Quanto você quer, para ficar de bico calado?
-Está disposta a pagar? Não vai dizer que estou enganado, que não é nada do que eu penso, nem coisa do tipo?
-Não, porque é mesmo tudo que você imagina.-Ele enfiou novamente a mão na minha cara.-Porra Tiago, agora você passou dos limites!
Parti pra cima dele, como não fazia há anos. Nos atracamos no quarto e quando menos esperei, a alça do meu vestido estava na mão dele.
-A droga, você arruinou meu vestido. Idiota!
-Você se transformou em uma vadia. Primeiro transou com o filho, depois com o pai.-Ele desceu a mão pra minha perna e puxou a barra do vestido, até a cintura.-Quem será sua próxima vítima? Você cobra por esses favores?
-Tiago o que está fazendo?
-Você transou com um primo e um tio, não tem problema transar com um irmão, tem?
-Sai de cima de mim.-Acertei uma joelhada na cocha dele, porque ele se esquivou.-Eu vou gritar e vai ser pior.
-Grita e vou dizer que estava te dando uma surra, porque você virou uma puta safada.
-Tiago, para...
-Vamos lá irmãzinha. Ou faz isso, ou eu mostro o filme pra todo mundo.
-Por favor, não.-Aquilo estava saindo pior do que eu esperava.-Tiago, eu sou sua irmã.
-E tem uma bocetinha gostosa, gordinha, vermelhinha e muito suculenta.
-Você andou me espiando tomar banho ou coisa parecida?
-Que nada.-Ele riu.-Sempre que dormimos juntos, ou até mesmo lá em casa, eu dou uma chupadinha gostosa na sua boceta. Afinal, você dorme nua, só está querendo que alguém apague seu fogo.
-Seu filho da mãe!-Ergui a mão para o rosto dele e ele devolveu o tapa.-Eu vou te matar, seu idiota.
-Vamos irmãzinha, me deixa te comer.-Ele já estava com a calça aberta, tateava minha calcinha molhada, procurando arrancá-la.-Tenho mais fôlego do que o tio Otávio.
-Não!
-Certo, acho que vou colocar esse CD, naquele telão da sala. Vai animar um pouco essa festa caída.
-Tudo bem.-Eu sabia que ele faria, era inescrupuloso.-Mas ninguém pode saber.
Ele riu e enfiou a cara no meu decote. Estávamos estirados no chão do quarto, Tiago estava por cima, tirava meu vestido, enquanto enfiava meu peito na boca e chupava com força, me fazendo gemer de dor e prazer.
Ele desceu os lábios e foi beijado minha pele, mas não chegou a fazer sexo oral em mim, apenas me arrancou a calcinha e se pôs sobre meu corpo de uma só vez. Quando ele me penetrou, fiquei sem reação. Era meu irmão que estava encima de mim, aquele que havia me ensinado a andar de bicicleta, aquele que vivia me dando cascudos por mexer nas suas coisas, era aquele mesmo irmão que dormia no mesmo quarto que eu por tantos anos e me molestava sem que eu soubesse.
As lágrimas voltaram a escorrer. Ultimamente eu estava muito emotiva, o que não era nada bom. O sumiço do Santiago, a abordagem do Hélio e do meu tio e agora, estava transando com meu próprio irmão, sob ameaça. Aquilo era estupro? Se não era, parecia muito.
Tiago realmente, era mais forte e viril do que meu tio. Levou muito tempo para que gozasse finalmente e me deixasse em paz. Só que quando olhei para cima, meus olhos marejaram mais uma vez.
-Têm câmera aqui também.
-Pode ficar tranqüila, desliguei as câmeras do corredor e do quarto. Mas tem um probleminha.
-O que foi?
-Papai também viu. E ele, eu sei que não vai ficar nada contente.
-O que?-Meu mundo havia acabado de explodir em mil pedacinhos.-O que ele disse?
-Nada, saiu furioso da sala e sumiu.-Ele se levantou e se vestiu.-Eu vou voltar lá pra baixo. Você vem comigo?
-Não, eu não vou descer mais.-Me levantei do chão, segurando o vestido contra o corpo e baixei a cabeça.-Você não me contou que ele também tinha visto o filme.
-Se contasse , você não iria dar essa coisinha gostosa pra mim.-Ele apertou minha vagina e eu fechei os olhos.-Já que você vai ficar, bons sonhos minha irmã querida.
Quando me deitei naquela cama, tentei imaginar quantas vezes não fui tocada por Tiago. O que havia feito da minha vida? Estava agora sozinha, não tinha com quem conversar, porque não podia contar aquilo para ninguém. Estava me sentindo suja e a pior mulher do mundo. Fui para o banheiro vomitar, precisava me acalmar e dormir. Era só tomar um remédio e logo aquele pesadelo estaria esquecido.

Meu sono foi interrompido por uma mão que tocava meu ombro de leve. Logo lembrei de Tiago e me encolhi toda no canto.
-Jéssica querida, sou eu. Acorda.
-Pai?-Abri os olhos um tanto embaçados e pisquei para enxergá-lo direito.
-Meu anjo, preciso falar com você.-Eu sentei na cama e acendi a luz do abajur, ele estava com uma cara preocupada.-Jéssica, eu estava na sala de vídeo, quando você estava no almoxarifado...
-Eu já sei pai.-Tampei o rosto com as duas mãos e abaixei a cabeça.-Eu não queria. Ele me pegou desprevenida, tão rápido quanto começou terminou...
-Eu sei.-Ele me abraçou com força.-Eu vi o vídeo várias vezes, percebi que os dois não se atracaram. Eu dei uma surra no seu tio, há pouco mais do que uma hora. Infelizmente, acabei com a festa do seu avô.
-Alguém sabe o motivo que o fez agir assim?
-Todos sabem querida.-Ele soltou meus ombros e suspirou.-Percebi que você tem sido abordada por alguns homens. Inclusive seu irmão.
-O que?
-Fiquei preocupado quando vi o vídeo e voltei à sala, não te encontrei e pensei que pudesse estar em algum canto da casa. Bem, eu percebi que a câmera estava desligada e quando liguei, Tiago estava se vestindo já.
-Ah papai.-Agora a vergonha era total.-Eu também não queria... Eu estou confusa, o Santiago foi embora e eu estava com raiva. Quando dei por mim, tio Otávio já estava me agarrando...
-Você e o Santiago estão namorando?
-Não.-As lágrimas malditas voltaram a escorrer pelo meu rosto.
-Mas você se apaixonou por ele. É isso?
-Sim.-Não acreditei que estava me abrindo com meu próprio pai.-Eu mudei meu visual, meu jeito de ser. Eu só queria ser mais confiante e bonita, não queria atrair tantos problemas.
-Querida, você acha que Santiago não gosta de você, porque usa roupas comportadas?
-Não ele. Ele sempre gostou de mim. Só como uma amiga.-Já que estava me abrindo com ele, resolvi contar o resto.-Só que eu ultrapassei isso e agora...
-Agora está com o coração magoado?
-Não pai, pior.-Segurei a mão dele buscando força.-Faz quase três semanas que estou atrasada. Sinto enjôos, estou inchada, cansada, minhas costas doem e a cabeça está para estourar.
-Você está grávida?
-Ainda não tenho certeza.-Abracei os joelhos e fechei os olhos.-Ele tentou evitar, a culpa foi minha. Eu o seduzi.
-Ah minha pequena.-Ele me puxou para o abraço mais uma vez e enfiou os dedos entre meus cabelos.-Você cresceu, virou uma mulher de negócios, construiu uma carreira e uma vida confortável e esqueceu de aprender sobre a vida. Sobre as pessoas. Mas terá tempo. E se estiver grávida, o primeiro passo é contar a ele e o segundo, é contar com o meu apoio para o que precisar.
-Pensei que você fosse surtar.
-Não, eu não vou surtar.-Ele riu e tocou na ponta do meu nariz.-Você é dona do seu nariz e eu sempre quis ser avô. Não tão cedo, mas é um desejo. Fazer o que?
-Acho melhor eu me aprontar e sair daqui logo. Não quero que a louca da Tia Sônia tente me matar a vassouradas.
-Fica tranqüila, ela não vai.-Ele riu.-E também, se ela quebrar a vassoura, vai pra casa de quê?
-É verdade.-Sorri com os olhos ainda cheios.-Obrigada papai. Eu te amo.
-Eu também te amo.-Ele me beijou na testa.-Ah, seu irmão e o Hélio, também receberam uma lição. Agora, toma mais cuidado daqui pra frente.
-Eu vou tentar.
Consegui dormir o resto da noite sem problemas.

No outro dia, estava sentada a beira da piscina com o laptop nas mãos. Meu biquíni era pequeno o suficiente para deixar alguns dos faxineiros que arrumavam à bagunça da festa, de água na boca. Estava fuçando meu MSN, quando vi Santiago on-line. Mas era pelo celular, isso ele ficava vinte e quatro horas. Não adiantava mais mandar mensagens, ele nunca respondia de volta. Um péssimo amigo esse.
Minha mãe vinha pela beirada da piscina, estava com os olhos vermelhos, o nariz. Algo me dizia, que ela estava pronta para um sermão. E eu que havia acordado junto com o sol, só para evitar esse tipo de confronto.
-Como você está?-Ela perguntou, quando sentou ao meu lado.
-Pelo visto, melhor do que você. Vamos, diz qual é o problema. Sou eu? Você quer que eu vá embora?
-Não.-Ela segurou minha mão.-Eu só estou triste, porque seu pai expulsou seu irmão ontem. E estou horrorizada com o que ele fez.
-Mãe... não fica assim.-Eu a abracei.-Está tudo bem.
-Não minha querida, nunca vai ficar tudo bem.-Ela tocou no meu rosto, como não fazia há anos.-Ele também me pediu para ajudá-la. Falou que você acha que está grávida. Você já fez o exame?
-Não. Estou esperando. Tenho a esperança, que o inchaço seja TPM.
-Está atrasada muito tempo?
-Duas semanas e pouco.-Fechei o laptop e tirei os óculos escuros.
-Se quiser, podemos ir a uma farmácia agora cedo. Mais tarde você já vai ter uma idéia, positiva ou negativa.
-Ainda não quero fazer o exame. Porque se eu estiver mesmo grávida, vou ter que tomar uma decisão. E tenho medo dessa decisão.
-Está pensando em tirar. Se estiver, vai ficar muito tarde.
-Não, eu não penso em tirar. Mas é uma coisa delicada. Afinal, Santiago é o pai.-Não acreditei que havia falado aquilo alto.-Mas ainda tenho esperanças de que seja somente estresse.
-Tudo bem.-Ela sorriu e se levantou.-Eu estou preparando o café. Você não quer me ajudar?
-Vou ficar por aqui mais um pouco.-Entreguei o laptop para ela.-Guarda pra mim?
-Claro. Bem, não demore, você precisa comer.
-Tudo bem. Eu vou logo.
Eu precisava ficar um pouco sozinha. Precisava pensar na minha vida, sentir aquele beijo do sol sobre a minha pele. Bem, eu tinha dois processos nas mãos. Podia muito bem arrancar as calças do tio Otávio e enfiar o meu irmão atrás das grades. Mas meus avós não mereciam isso. Todos esses problemas iriam acabar caindo sobre as costas deles.

Eu havia cochilado ao lado da piscina. Estava tendo um sonho horroroso, onde vários homens estavam encima de mim, me penetrando e me fazendo chupar aquele monte de picas. Fiquei apavorada, quando acordei com uma mão tocando meu rosto.
-Calma querida, sou eu.-Minha mãe sorriu.-O que foi? Estava tendo algum pesadelo?
-Não.-Peguei o roupão que havia deixado ao lado da piscina.-Dormi muito?
-Quase uma hora.-Ela sorriu.-Fiquei com pena de acordá-la antes, mas agora eu tive que vir.
-O que aconteceu?
-Seu namorado esta lá fora.
-Eu não tenho namo... Santiago está aí?
-Está sim.-Ela sorriu comigo.-Acabou de chegar. Posso mandar entrar?
-Eu vou até lá.
Larguei tudo e dei a volta na casa correndo. Quando estava me aproximando do portão, de longe avistei o carro de Santiago. Um alívio tão grande me bateu, minha garganta fechou. Eu tive que ser forte naquele momento, para continuar andando sem tropeçar e cair, como acontecia muito antigamente.
Ele permaneceu sentado atrás do volante, até que parei ao lado do portão e esperei o porteiro abri-lo. Santiago saiu do carro com uma cara péssima, devia ter passado em casa e não conseguiu entrar. Quando ele ergueu a mão, me esquivei prevendo outro tapa.
-Hei, o que foi?-Ele puxou meu rosto para perto.-Por que está me olhando assim? Se esquivando de mim. Não sentiu minha falta?
-Onde você esteve esse tempo todo?
-Entra no carro, quero conversar com você.
-Não dá, eu vou buscar minhas malas. Tenho que ir embora, antes que os festeiros acordem.
-Eu te levo...
-Estou de carro.
-Droga Jéssica, qual é o seu problema?-Ele me segurou pelo pulso e me trouxe para perto.-Está correndo de mim?
-Você esteve esse tempo todo fora.-Fechei os olhos e suspirei.-E não adianta dizer que estava em Portugal. Eu não acredito.
-Eu estava com outra mulher.-Meu coração ficou partido, agora as lágrimas me sufocaram e não conseguia mais segurar.-Quero conversar com você...
-Não precisa Santiago.-Suspirei e amarrei bem o laço do roupão, antes de voltar a falar, mais firme dessa vez.-Eu vou sair do apartamento. É só questão de encontrar um lugar para ficar.
-O apartamento é seu.
-Você pode comprá-lo.-Encostei no carro para manter as pernas no lugar e baixei os olhos.-Bem, eu vou entrar e arrumar minhas malas.
-Espera.-Ele me segurou e me trouxe para o abraço.-Desculpe, eu estava confuso. Fui embora, porque morria de ciúmes quando a ouvia falar sobre a festa. Sabia que você nunca iria esquecer o idiota do seu primo. Então, não quis mais vê-la até que passasse a festa.
-Estava com ciúmes, por quê?
-Eu disse que ficaria com ciúmes, se você transasse com outros homens.-Ele suspirou.-Não vou quebrar seu pescoço, mas sentia vontade, quando a ouvia falando sobre seduzir outros, pensei que só queria vir a essa festa, para trepar feito doida.
-Não era nada disso.-O abracei com força.-Eu só queria mostrar que não era mais aquela idiota que eles conheceram. Que não iria mais ser humilhada por essa família, por ser inteligente e desengonçada. Eu só queria mostrar pra eles, que beleza e inteligência combinam.
-E conseguiu?
-Não. Só consegui arrumar dor de cabeça.
-Você não quer sair daqui? Podemos conversar melhor.
-Eu preciso pegar minhas coisas. As coisas vão esquentar por aqui daqui a pouco.
-E por que você vai correr?-Ele segurou meu queixo.-O que aconteceu nessa casa?
-Eu prefiro conversar com você, longe daqui.
-Então, vai pegar suas coisas.-Ele sorriu.-Quer ajuda? Podemos bagunçar o seu quarto um pouquinho.
-Tem câmera no quarto.
-Nossa, privacidade zero.
-Isso faz parte de todo o problema dessa noite.-Eu entrei no carro.-Vamos, bota essa lata velha pra dentro.
O sorriso do rosto de Santiago se apagou, nos quinze minutos que demorei em buscar minha mala e me enfiar em uma roupa qualquer. Quando desci, ele andava de um lado a outro da cozinha, minha mãe e meu pai estavam lá também.
-Está tudo bem aqui?
-Por que você não me falou?-Eu não acreditei que meus pais haviam falado sobre o bebê antes de mim.
-Eu ia falar... mas... o... um... Bem, o que necessariamente eu não falei?
-Sobre o que aconteceu essa noite.-Ele me enviou aquele olhar danado e eu larguei a mala.-Você deu a entender lá fora, que nada havia acontecido.
-Por que vocês disseram?
-Porque alguém precisa convencê-la a denunciá-los.-Minha mãe falou, enquanto colocava pratos sobre a mesa.-Sente-se para comer, se não quiser que contemos o resto.
-Que resto?-Santiago os fitou.
-Bem, ela tem que contar os detalhes, não?-Minha mãe puxou meu pai pelo braço.-Vamos querido, vamos deixá-los conversar. E você mocinha, só sairá dessa casa, quando tiver tomado uma decisão.
-Me diz o que aconteceu.
Eu enrolei enquanto nos servia e ele ficou impaciente. Mas sabia esperar, sempre sabia. Até que ele se cansou e bufou.
-Certo, eu vou contar.-Mas acabei me calando novamente, até que finalmente suspirei e falei.-Fui molestada a minha vida inteira pelo meu irmão mais velho.
-O que?-Ele se exaltou.-E você nunca me contou?
-Eu não sabia até essa noite.-Fechei os olhos e cocei a testa.-Ele contou enquanto tentava me convencer a transar com ele, em troca de silêncio.
-O que necessariamente ele contou?
-Coisas que ele fazia, enquanto eu estava dormindo.-Abri os olhos e suspirei.-Eu nunca imaginei essa possibilidade.
-Me conte o resto, enquanto eu imagino uma forma de partir a cara dele.

Ao final, Santiago e eu voltamos para casa. Mas denunciei meu tio e meu irmão, até o meu avô me apoiou. E para minha surpresa, Santiago não havia passado em casa ainda. Ficou nervoso quando viu que suas chaves não funcionavam mais.
-O que andou aprontando?
-Troquei a fechadura, porque fiquei com medo de você vir quando eu não estivesse e levasse suas coisas.
-Ah pequena.-Ele me abraçou com força.-Eu não queria te abandonar.
-Mas eu não sabia disso.-Abri a porta e ele colocou minha mala no chão da sala, antes de me puxar de volta.-Agora precisamos conversar. Eu não vou agüentar ficar aqui sozinha, então é melhor eu me mudar...
-Por que você quer se mudar?
-Porque você deve trazer sua namorada para cá, ou querer ir embora com ela...
-Que namorada?
-Você disse que estava com outra mulher.
-Estava.-Ele riu.-Mas falei assim, só para ver sua reação. Estava na casa da minha tia. Ela pensa que estamos casados e você me expulsou de casa.
-Ah.-Meu rosto ficou vermelho.-Então você não dormiu com ninguém?
-Não. Na verdade, estou tocando punheta há dias, para evitar tocar em você.
-Por quê?
-Porque não queria que nosso relacionamento fosse carnal.-Ele me puxou para bem perto, tocou em meu rosto e disse.-Quero você, pra sempre.
-Ai.-Meus lábios ficaram dormentes, Santiago ficou turvo de repente e então.-Eu vou...
Quando acordei, Santiago estava ao meu lado, acariciando meus cabelos.
-O que foi?
-Você apagou.-Ele sorriu e pegou um copo de água.-Ainda bem que estava te segurando. Nunca vi uma mulher desmaiar diante de uma declaração dessas.
-Estou zonza.-Entreguei o copo a ele, com as mãos trêmulas.-Acho que é fraqueza.
-Vou preparar algo para você comer.
-Não tem nada na dispensa e muito menos na geladeira.
-Sua mãe só mandou doces.-Ele suspirou.
-Ela mandou pé-de-moleque?
-Mandou sim.-Ele sorriu.-Eu vou ver se encontro. E vou ligar para um restaurante e pedir comida de verdade.
-Obrigada.
O homem perfeito, lindo, gostoso, atencioso, inteligente, rico... enfim, podia ter me apaixonado por ele muito tempo antes. Agora, tinha poucas chances de conquistar aquele coração.
Eu ainda tinha que descobrir se estava mesmo grávida, ou só estressada. Precisava contar a ele minhas suspeitas, ma não queria lhe dar um susto e perder a oportunidade que me foi atirada no colo.
Quando Santiago voltou, estava deitada na cama, completamente nua. Ele sorriu e deixou o prato sobre a mesa, ao meu lado.
-Queria ter feito esse trabalho sozinho.
-Mas gosto de fazer, só para ver esse sorriso no seu rosto.

Me deitei na cama, espreguicei enquanto abria as pernas. Ele ajoelhou sobre a cama, olhava pra mim com uma cara pidona. Abriu a camisa, jogou longe. Nos enroscamos na cama, dessa vez procurando prazer mútuo e pleno. Devagar Santiago me acariciava, me beijava. Eu retribuí a tudo como pude, ele não me cansava. Eu só pensava em me entregar a ele todo o tempo.


Somente no final da tarde, contei a Santiago sobre minhas suspeitas. Ele pulou da cama meio transtornado. Acabou descendo até a farmácia. Não demorou, trouxe três testes de gravidez.

Fiz todos eles cheia de espectativa e ao final, quando vi o resultado. Foi um banho de água fria.

Santiago esperava na prota do banheiro. Dei os resultados pra ele, ele conferiu um a um e pediu pra explicar quais eram os resultados.

Com exceção de um que falhou, todos deram negativo.

No fundo eu queria muito um filho dele, mas até que aquilo serviu para nos deixar alerta. Passamos a tomar cuidado com essas coisas.


Hoje continuamos vivendo juntos e nos preparando para oficializar tudo. Um ano já se passou, não há mais o que esperar. Ele é o homem com quem eu sonhei e quero ser feliz finalmente nos braços dele.














40 erros comuns ao transar com uma mulher...



01. NÃO BEIJAR PRIMEIRO.
Evitar os lábios e ir direto às zonas erógenas faz com que ela se sinta como se você estivesse pagando por hora e tentasse fazer o dinheiro valer cortando partes não essenciais. Um beijo apaixonado conveniente é a forma de preliminar definitiva.

02. DAR UM CHUPÃO NA ORELHA.
Seja franco: algum cara na escola lhe contou que as garotas adoram isso. Bom, há uma diferença entre ser erótico e chupar como se você estivesse tentando fazer respiração boca-a-boca num hipopótamo. Isso machuca.

03. NÃO FAZER A BARBA.
Freqüentemente você se esquece de que tem um porco-espinho atado ao seu queixo, o qual você arrasta repetidamente através do rosto e das coxas da sua parceira. Quando ela vira a cabeça de um lado para o outro, isso não é paixão, ela está tentando se esquivar.

04. ESPREMER OS SEIOS DELA.
Quando botam as mãos neles, a maioria dos homens age como uma dona-de-casa experimentando um melão para ver se ele está maduro. Afague-os, acaricie-os e alise-os.

05. ABOCANHAR OS MAMILOS.
Por que os homens se grudam nos mamilos de uma mulher e depois os tratam como se quisessem esvaziar o corpo dela pelos seios? Mamilos são extremamente sensíveis. Eles não resistem a mastigação. Lamba e sugue gentilmente. Dar-lhes pancadinhas com a língua de um lado ao outro é legal. Fazer de conta que eles são um brinquedo de cachorro não é.

06. TORCER OS MAMILOS DELA.
Pare de fazer aquela coisa de girar os mamilos entre o indicador e o polegar como se estivesse tentando sintonizar uma rádio numa área montanhosa. Concentre-se nos seios como um todo, não só nos pontos de exclamação.

07. IGNORAR AS OUTRAS PARTES DO CORPO DELA.
Uma mulher não é uma via expressa com somente três saídas: Peito Leste e Oeste, e o Túnel do Meio. Existem vastas áreas do corpo dela as quais você freqüentemente ignora quando passa direto para Vagina Central. É hora de começar a lhes dar atenção.

08. ENROLAR AS MÃOS.
Falta de destreza manual na região sub-saia pode resultar em dedos e roupas de baixo torcidas. Se você fôr tão direto assim, peça a ela que tire logo o troço todo.

09. DEIXAR-LHE UM PRESENTINHO.
Jogar a camisinha fora é responsabilidade do homem. Você usa, você descarta.

10. ATACAR O CLITÓRIS.
Pressão direta é muito desagradável, portanto gire gentilmente seus dedos pelas laterais do clitóris.

11. PARAR PRA RESPIRAR.
Diferentemente dos homens, mulheres não continuam de onde foram deixadas. Se você parar, elas voltam para a casa número 1 bem depressa. Se você perceber que ela ainda não chegou lá, continue custe o que custar, mandíbula dormente ou não.

12. DESPI-LA ESTUPIDAMENTE.
Mulheres destestam parecer estúpidas, mas é exatamente o que ela vai parecer ao ficar nua da cintura para baixo com um suéter enrolado na cabeça. Desembrulhe-a como um presente elegante, não como um brinquedo de criança.

13. ATOCHAR A CALCINHA DURANTE AS PRELIMINARES.
Acariciá-la gentilmente através da calcinha pode ser bem sexy. Atochar o tecido entre as coxas dela e ficar puxando pra frente e pra trás náo é.

14. SER OBCECADO PELA VAGINA.
Embora a maioria dos homens possa achar o clitóris sem mapas, eles ainda acreditam que é na vagina que acontece tudo. Tão logo sua mão esteja lá, você age como se estivesse tentando pegar a última batatinha num canudo de Pringle's. Isso está correto em princípio, mas se você não for cuidadoso (e tiver cortado as unhas), pode machucar - portanto, não se empolgue. A princípio, é melhor dar atenção ao clitóris e ao exterior da vagina, e então inserir gentilmente um dedo e ver se ela gosta.

15. MASSAGEM GROSSEIRA.
Você tenta dar a ela uma massagem sensual, relaxante, para deixá-la no ponto. Pode usar as mãos e pontas dos dedos; cotovelos e joelhos, não.

16. TIRAR A ROUPA DEPRESSA DEMAIS.
Não force a barra tirando a roupa antes que ela tenha feito algum gesto para ver o seu material, mesmo que seja apenas desabotoar dois botões.

17. TIRAR AS CALÇAS PRIMEIRO.
Um homem de meias e cuecas é horrível. Tire as meias primeiro.

18. INDO DEPRESSA DEMAIS.
Quando você parte para a situação pênis-na-vagina, a pior coisa que pode fazer é bombear como se fosse uma ferramenta industrial - ela logo vai se sentir como uma operária de linha de montagem tornada obsoleta pela sua tecnologia. Aumente o ritmo vagarosamente, com arremetidas limpas, retas e regulares.


19. INDO COM FORÇA DEMAIS.
Se você bater seus grandes ossos dos quadris contra as coxas ou o estômago dela, a dor será igual a duas semanas de cavalgada concentradas em poucos segundos.

20. GOZAR DEPRESSA DEMAIS.
É o medo de todo homem. Com razão. Se você dispara antes de ver o branco dos olhos dela, certifique-se de que tem um plano "B" para assegurar o prazer dela.

21. NÃO GOZAR NUM TEMPO RAZOÁVEL.
Você pode achar que transar por uma hora sem chegar ao clímax é a marca de um deus do sexo, mas pra ela isso se parece mais com a marca de uma vagina dormente. Pelo menos compre algumas tapeçarias suspensas enigmáticas, para que ela tenha algo em que prestar atenção enquanto você banca o Homem-Maratona.

22. PERGUNTAR SE ELA GOZOU.
Realmente, você deveria ser capaz de perceber. A maioria das mulheres faz barulho. Mas se você realmente não sabe, não pergunte.
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23. FAZER SEXO ORAL COM GENTILEZA EXCESSIVA.
Não se comporte como um gato gigante num pires de leite. Coloque a boca inteira lá e concentre-se em rodar a língua gentilmente ou dar petelecos com ela no clitóris.

24. CUTUCAR A CABEÇA DELA.
Os homens insistem em fazer isso até que ela olhe-pro-pênis, esperando que isso levará rapidinho a boca-pro-pênis. Todas as mulheres odeiam isso. Está a três passos de ser arrastada pelo cabelo para uma caverna. Se você quer que ela use a boca, use a sua; experimente falar sedutoramente com ela.

25. NÃO AVISAR ANTES DE GOZAR.
Esperma tem gosto de água do mar misturada com clara de ovo. Nem todo mundo gosta. Quando ela estiver fazendo sexo oral, avise-a antes de gozar para que ela possa fazer o que achar necessário.

26. FICAR SE MEXENDO DURANTE O BOQUETE.
Não empurre. É ela quem vai fazer todos os movimentos durante o boquete. Você apenas repousa. E não agarre a cabeça dela.

27. IMITAR ATITUDE DE FILME PORNÔ.
Nos filmes pornô, as mulheres adoram quando os homens ejaculam sobre elas. Na vida real, isso significa apenas mais roupa para ser lavada.

28. DEIXÁ-LA POR CIMA POR ERAS.
Pedir para que ela fique por cima é ótimo. Ficar deitado grunhindo enquanto ela faz todo o trabalho duro não é. Acaricie-a gentilmente, para que ela não se sinta inteiramente como um capitão de escuna. E deixe que ela descanse.

29. TENTAR FAZER SEXO ANAL E FINGIR QUE FOI UM ACIDENTE.
Foi desse jeito que os homens ganharam a reputação de não seguir a bula. Se você quer botar lá, peça primeiro. E nem pense que estar bêbado é desculpa.

30. TIRAR FOTOS.
Quando um homem diz, "Posso tirar uma foto sua?", ela vai ouvir as palavras "- pra mostrar pra galera". Pelo menos, deixe que ela fique com a posse das fotos.

31. NÃO TER IMAGINAÇÃO SUFICIENTE.
Imaginação vai desde desenhar padrões nas costas dela até derramar mel sobre ela e lambê-lo. Frutas, vegetais, gelo e plumas são todos dispositivos úteis; cera quente, tinta indelével, de jeito nenhum.

32. ESTAPEAR O SEU ESTÔMAGO CONTRA O DELA.
Não há barulho menos erótico. É tão sexy quanto um concurso de arrotos.

33. COLOCÁ-LA EM POSES ESTÚPIDAS.
Se ela quer fazer yoga avançada na cama, excelente, mas a menos que ela seja uma ginasta romena, não seja ambicioso demais. Pergunte-se se quer uma parceira sexual com os tendões torcidos.

34. PROCURAR PELA PRÓSTATA DELA.
Leia isto cuidadosamente: estimulação anal é boa para os homens porque eles têm próstata. As mulheres não têm.

35. DAR-LHE MORDIDAS DE AMOR.
É extremamente erótico exercer alguma sucção gentil nos lados do pescoço, se você fizer isso com cuidado. Nenhuma mulher quer ter que usar golas rolê e echarpes vistosas por semana a fio.

36. LADRAR INSTRUÇÕES.
Não dê gritos de incentivo como um treinador com um megafone. Não é lá muito excitante.

37. FALAR PUTARIAS.
Faz com que você pareça um editor de revista solitário ligando para o Disque-Sexo. Se ela gosta de escutar sacanagem, você vai ficar sabendo.

38. NÃO SE IMPORTAR SE ELA JÁ GOZOU.
Você tem de terminar o serviço. Continue tentando até que o tenha feito direito, e ela poderá fazer o mesmo por você.

39. ESMAGÁ-LA.
Homens geralmente pesam mais do que mulheres, portanto se você ficar em cima dela um tanto pesadamente demais, ela acabará ficando roxa.

40. AGRADECER.
Nunca agradeça a uma mulher por fazer sexo com você. Seu quarto não é casa de caridade.