quarta-feira, 14 de março de 2012

Histórias de Peão. Parte XI

Mudança de hábitos.

Pois é. Mal cheguei à cidade grande e a primeira coisa que fiz depois de me acomodar no apê, foi mudar o visual. Troquei o corte de cabelos, descolori e pintei, fiz uma tatoo atrás do pescoço e coloquei um piercing no umbigo. E as roupas? Nada mais de vestido de chita curtinho, botinha de couro e essas coisas.

Calças jeans justas, vestidos confortáveis e roupas descontraídas. Lavei até o carro, para arrancar os últimos vestígios de lama e esquecer totalmente da roça.

Difícil foi largar o sotaque. Mas isso, com o tempo...

Depois de tudo isso, chegou Vanessa. Pronta pra balada. Deixamos o cãozinho sozinho com água e comida e partimos pra uma boate que ela dizia ser freqüentada pela turma da faculdade.

O lugar era legal. Jogo de luzes, música eletrônica, amplo espaço, um bar enorme, com vários barman’s sarados. Enfim, chegamos, pegamos drinques e fomos dar uma volta, atrás de diversão.

-Aquele cara ali não tira os olhos de você.-Vanessa apontou discretamente para um tipo parado bem atrás de nós.-Tem uma cara interessante.
-É. Não é nada mal.-Dei de ombros.-Mas não vou chegar em ninguém.
-Por que não?
-Digamos que estou esperando a sorte me atingir, cansei de correr atrás dela.
-Então, vamos dançar.

Nos retiramos para a pista de dança. Havia esquecido de como era bom deixar a música envolver e controlar o corpo. Mover o quadril, a cintura, rebolar, balançar e sacudir. Era ótima aquela sensação de liberdade. Por um momento raro, o lamento e a mágoa, haviam passado. Fiquei realmente feliz, por ter mudado de rumo e de vida.

Lá pelas onze horas, pouco antes de a carruagem virar abóbora, o cara que estava de olho em mim, chegou junto. Estávamos dançando e ele chegou por trás, sussurrou algo no meu ouvido, que a música alta não me deixou ouvir. Me voltei e ele fez sinal com a cabeça, para nos afastarmos um pouco.

Vanessa sorriu e tomou meu copo e a bolsa. Segui o cara até o corredor de saída de emergência. Paramos perto da porta.

-Não deixei de reparar em você desde a hora em que entrou.
-É mesmo? E o que necessariamente você reparou?
-Todo o conteúdo.-Ele sorriu.-Meu nome é Paulo. Você é?
-Flor.
-Então Flor, não quer dar uma volta comigo?
-Uma volta demorada?
-Vai depender de você.-Ele sorriu.-Então, está a fim de dar uma volta comigo?
-Ta, mas não vamos muito longe.

Saímos da boate, ele falava algumas coisas sobre a cidade, reparou que eu não era dali, pelo sotaque. Você pode sair da roça, mas a roça não sai de você.

Emburacamos em uma rua escura, havia uma casa toda apagada, com aparência de abandonada. Tinha uma árvore em frente, uma amendoeira. Ele me levou até ela e me encostou no tronco.

-Até onde é o limite?-Ele perguntou sussurrando no meu ouvido.
-Até onde você puder me levar.

Ele sorriu, aquilo era um passe livre pra dentro das minhas roupas. O beijo que ele me deu foi intenso. Daqueles que te deixam acesa. A mão desceu pros meus peitos, apertando com força, provocando dor. 

A boca desceu pelo meu pescoço. Talvez por eu estar um tanto mareadinha, por causa da bebida, ou por estar ainda com aqueles dois na cabeça, eu não senti prazer. Cheguei a pensar que foi macumba que me fizeram.

Ele me virou de frente pra árvore e subiu minha saia, ajoelhou no chão, afastou minha calcinha e meteu a língua na brecha. Uma língua quente, que me deixou arrepiada. E não demorou, ele estava abrindo
As bandas do meu bumbum e lascando a língua no reguinho.

Fechei os olhos, os dedos dele me penetravam, lambia em voltado anelzinho, enfiava a língua e eu me arrepiei inteira.

Minha consciência dizia: Você nem o conhece, já está pensando em dar o cú pra ele?

E por outro lado: Eu nunca mais vou vê-lo mesmo.

Ele levantou, me prensou contra a árvore, tirou uma camisinha do bolso, sussurrando em meu ouvido que eu era a caipira mais gostosa que ele já tinha visto.

 Devagar, ele levou o pau até a entrada e foi penetrando. O pau dele era um tanto menor que aqueles que eu estava acostumada. Entrou fácil. Ele baixou minha blusa, deixou meus peitos ao vento e os segurou firme.

Me arrepiei inteira. Ele me puxava contra sua pica, arremetia com força. Me deu um calor, calafrios, estremeci, quando a mão dele visitou minha xaninha.

Ele metia com força, fincou fundo e esfregava meu clitóris, quase o arrancando do lugar.

Eu estava molhada, louca pra gozar. Mas o pensamento me pregou uma peça terrível. Eu me vi na última noite, presa entre aqueles dois brutamontes, gemendo feito louca, só queria gozar mais e mais.

Nem percebi que ele me levantou pelas pernas, me apoiou na árvore e meteu até gozar.

Fiquei alguns instantes me recuperando daquele dejavu. Ele me baixou até o chão e ajeitou minha saia.

Quando cheguei em casa com Vanessa, passava das três da manhã. Não quis mais ficar na boate. Estava cansada, frustrada.

-Você está calada de mais.-Ela comentou, enquanto eu separava roupas pra tomar um banho.-Normalmente fala pelos cotovelos.
-Estou cansada.
-Você ainda ta chateada por causa daqueles dois?
-Não, só não tive tempo de descansar direito. Amanhã temos que ir a faculdade resolver nossas vidas. Então, é melhor descansar um pouco.
-Ta certo.-Ela sumiu quarto a dentro, mas deu um berro que me assustou.-Ah não! Eu vou te matar seu demônio!
-O que foi?-Quando cheguei no quarto, o cachorro estava encolhido no canto e as roupas que ela deixou espalhadas pelo chão, estavam ruídas e mijadas. Corri para salva-lo.-Hei, você não vai matar ninguém.
-Ele fez xixi no meu suéter!
-É só mandar pra lavanderia.-Peguei o toquinho de cachorro que tremia.-Não precisava ter assustado o pobre.
-Esse Vira Lata está proibido de entrar no meu quarto.
-Deixa de drama.-Saí dali batendo a porta.-Você mal chegou, já começou a aprontar é?

Ele me lambeu o rosto e abanou o rabinho.

O coloquei no chão e fui tomar meu banho. Estava exausta e louca pra cair na cama.

Passou uma semana, iria começar a estudar na segunda. Iria cursar administração e Vanessa Moda. Estava levando uma vida sedentária, comia o dia inteiro, assistia televisão e chorava. Nem sei por que, chorava o dia inteiro quando Vanessa não estava por perto.

Lembrava das palavras do Gabriel no dia do casamento, no dia em que nos encontramos no cinema. Eu sentia pena de mim, por que o amava e sentia pena do Miguel, porque me amava. Às vezes, queria muito ligar pra ele e aceitar sua proposta. Outras, imaginava Gabriel me propondo casamento.

“Eu pedir você em casamento? Um modelo de lealdade?”, “Eu também tenho uma noiva”

Essas palavras me deixavam mais deprimida ainda.

Faziam dois meses desde a primeira vez na fazenda, e parece que só então, minha vida fez sentido. Agora, parecia vazia e sem vida.

E o Miguel, esse perdeu seus créditos comigo, quando descobri que era o noivo da Vitória. Como aceitar ao seu pedido de casamento e viver na insegurança?

Certa manhã saí pra fazer compras com Barnabé. Fui de carro por que estava exausta pra ir caminhando até o outro quarteirão.

Rodei pelo super mercado, procurando besteiras. Chocolate, sorvete, biscoitos. Enfim, comida de fossa.

Enquanto empurrava o carrinho longe da sessão de hortifruti, esbarrei com outro carrinho.

-Desculpa.-Quando me virei, era o Paulo sorrindo pra mim.-Eu sou muito desastrada.
-Não tem importância.-Ele sorriu.-Está mais bonita hoje. O que fez Flor?
-Nada.-Sorri pensando que aquela era a desculpa mais esfarrapada do mundo. Eu estava horrorosa.-Você está precisando de óculos.
-Não, você está diferente.-Ele sorriu.-Não foi mais a boate. Vi sua amiga por lá esses dias.
-Tenho estado ocupada com alguns afazeres. Também, sou da roça, não sou muito de balada.
-Entendo.-Ele emparelhou comigo.-Tem crianças na sua casa?
-Não, por quê?
-Pelas suas compras, imaginei.-Ele deu de ombros.
-Não, é pra necessidade mesmo.-Sorri constrangida.
-Bom, já que te encontrei, queria te convidar pra ir a uma festa lá em casa. Vai ser esse final de semana.-Ele me deu um cartão com o número.-Se quiser aparecer, me liga e te busco.
-Está certo, eu vou pensar nisso.
-Pensa com carinho.-Ele beijou minha mão.-Agora com licença, tenho que correr.
-A festa vai ser animada.-Apontei pras garrafas de bebidas que tinha no carrinho.
-Eh, pretendo que seja mesmo.-Ele sorriu.-E se você for, será inesquecível.
-Eu vou pensar.

Nos despedimos e fui para o caixa. Peguei minhas compras e saí puxando meu cachorrinho até o carro.

Quando cheguei à frente do edifício, pensei estar vendo coisa. Tinha dois peões amontoados lá, com umas malas enormes. Só podia ser miragem.

-Que porra é essa aqui?-Falei enquanto parava o carro no portão da garagem.
-A gente estava te esperando.-Miguel falou.-A disgrama do porteiro, não quis abrir.
-E ele está certíssimo. Aonde já se viu, deixar dois sujeitos horrorosos e sujos entraram em um condomínio de família?
-Mas...

Deixei eles falando sozinhos, entrei com o carro, tirei as compras e parei na portaria. Fiquei observando de dentro.

 -A senhorita conhece esses dois?
-Sim.-Vi os dois juntando as coisas pra ir embora.-Me empresta esse interfone.

Apertei o botão e respirei fundo.

-Hei seus dois manes, vão ficar parados aí fora?

O portão se abriu, entraram os dois caipiras no saguão do prédio e achei interessante a cara que alguns moradores fizeram ao vê-los ali com aqueles trajes. Uma garota os comeu de cima a baixo com os olhos.

Fui caminhando para o elevador, os dois se aproximaram quietos, logo a garota veio até nós e se espremeu no elevador conosco.

-Me dá essas sacolas aqui. -Miguel tomou as sacolas das minhas mãos. -Nossa, quanta coisa nutritiva Flor.

Eu sorri, a garota continuava a comê-los com os olhos, eu estava de óculos escuros, me sentia poderosa, afinal, aqueles dois brutamontes estavam ali pra me ver.

Chegamos ao meu andar, fui andando na frente com o cachorrinho, enquanto os dois vinham atrás, a garota ainda colocou a cabeça para o lado de fora do elevador, mas voltou correndo quando a porta se fechou.

Entramos calados, Miguel largou as compras na cozinha e Gabriel às malas no tapete da sala. O cachorrinho foi direto pra varanda beber água.

Joguei minha bolsa encima do sofá e me voltei para os dois.

-Então, o que fazem aqui?
-Saudades, ora. -Miguel veio até mim e encheu meus lábios com um beijo.

Sorri entre os lábios dele. Quanta saudade eu sentia e não sabia. Ele me abraçou pela cintura e me senti tão confortável naquele momento. Abri os olhos e encontrei Gabriel ao lado, nos observando.

-É... vocês querem beber algo?-Perguntei me afastando do Miguel.-Eu não tenho bebido ultimamente, mas se quiserem, tem aqueles troços horrorosos que vocês gostam de beber.
-Pra mim, qualquer coisa serve.-Gabriel falou, como se nada tivesse acontecido.-Pra falar a verdade, eu to é com fome. O que você trouxe de bom?
-Nada de interessante. -Miguel falou. -Sorvete, biscoito, pão de forma e pasta de amendoim, não é lá essas coisas.
-Podemos pedir uma pizza.-Sugeri.-Não estou a fim de cozinhar.
-Vamos fazer o seguinte.-Miguel pegou a carteira e estendeu a mão para as chaves do carro.-Eu vou buscar a pizza. Vi uma pizzaria não muito longe daqui. Volto logo.
-Espera.-Quando vi, ele já estava saindo, com o chapéu na cabeça.-Sei, isso vai atrás de algum rabo de saia.
-Está com ciúmes?
-Ah vai plantar quiabo.-Fui pro quarto trocar de roupas e ele me seguiu.-Posso ter o mínimo de privacidade pelo menos?
-Não tem uma parte do seu corpo, que eu não conheça.
-Mal chegou e já ta bancando o engraçadinho não é?
-Não gosto desse seu novo visual.-Ele falou, me ignorando.-Não combina com você.
-E daí? Gosto dessas roupas, não é você quem me banca, então fica na sua.
-Nossa, ta tão arisca.-Ele me segurou pela cintura.-Gosto de você de mini saia e top. Calça jeans e blusa de manga te cobre de mais.
-Se eu andar assim aqui, vão me chamar de prostituta.-Tentei me afastar.-Gabriel, para por favor.
-Me beija.-Ele segurou minha nuca.-Estou com saudades da sua boca.

Aproximei o rosto ao dele. Nos beijamos, um beijo gostoso, um beijo cheio de paixão e vontade. Me rendi ao beijo, deixei que ele me puxasse pra mais perto, me deitasse na cama e viesse pra cima.

Devagar, meus botões foram abertos, respirei fundo, um tesão repentino me invadiu, minha bocetinha enxarcou só em senti-lo encima de mim.

Nem sabia que estava tão necessitada dele daquela forma. Minha respiração já ficou pesada, meu peito subia e descia rápido. Ele me beijou e começou a roçar entre minhas pernas.

Fechei os olhos, o tesão só fazia aumentar, meus peitos estavam pesados, meus mamilos duros. Aos poucos os beijos dele desceram para o meu decote e quando a língua alcançou um dos mamilos, gemi de uma forma que nem eu sabia que podia. Gemi e ofeguei e ele baixou minha blusa até a cintura e sugou meus seios com vontade.
Eu já estava possuída pelo desejo, já havia esquecido a raiva e a mágoa. Ele só me sugava e eu já estava no paraíso.

A minha roupa nunca deixou meu corpo com tanta vontade. Meus peitos ficaram livres, quando se preparava pra tirar minha calcinha, ele parou e começou a se despir. Eu via nos movimentos dele, o quanto estava excitado e louco pra me possuir.

A calça deixou aquelas pernas firmes, me deu uma vontade tão grande de mordê-las, que minha boca encheu de água. Ele voltou pra cama e me jogou pra cima do corpo, queria um 69 e eu, mais que depressa atendi. Ele tirou minha calcinha e eu tirei o pau dele pra fora. Hum... ah que saudade daquele pau gostoso. Nem eu sabia o quanto precisava dele.

Ele também não conseguiu se controlar, disse que eu estava muito quente e me puxou contra sua pica, até gozar. Caí deitada sobre o peito dele, ainda respirava ofegante.

Antes mesmo de me recuperar, saí de cima dele, e segui para o banheiro. Tomei um banho frio, estava com o corpo suado. Gabriel não falava nada.

Quando Miguel chegou, ele estava no banho. Eu estava sentada em frente à televisão, não assistia nada. Estava pensando na minha fraqueza. Me sentia mal por desejar tanto ao Gabriel, depois de tudo que ele fez comigo.

-Então, demorei muito?
-Não.-Ele sentou ao meu lado, depois de deixar a pizza sobre a mesa de centro.-O que trouxe?
-Calabresa.-Ele jogou o braço sobre meus ombros.-Você está bem Flor? Desde que chegamos, você está com uma expressão tão abatida.
-Acho que é cansaço.
-O que tem feito pra se cansar tanto?
-Não sei. Mas ultimamente, me sinto tão cansada.
-Engraçado, na fazenda você acordava antes do sol.-Ele parou para pensar.-Você ainda não esqueceu ele, não é?
-Não é o que você está pensando.-Me afastei, ficando de frente pra ele.-Ainda sinto tesão por ele, assim como sinto por você. Mas aquela briga estúpida, eu já esqueci.
-Gostei da parte de sentir tesão por mim.-Ele enfiou a mão por dentro dos meus cabelos.-Então, que tal dar um banho nesse peão cansado?
-Ah, vai tomar banho com o Gabriel.
-Ta doida?-Ele riu.-Vai que ele deixa o sabonete cair.

Vanessa chegou no meio da farra. Eu estava na segunda taça de vinho, assistíamos a um filme de faroeste, a pizza já era. Estava deitada no colo dos dois peões. Aposto que naquele momento, ela ficou morrendo de ciúmes.

-Eita, nem me convida pra festa.
-Vanessa, Gabriel e Miguel. Meninos, essa é a Vanessa.
-Olá meninos.-Ela passou por mim.-Me ajuda a arrumar uma coisas aqui no quarto Flor?

Fui atrás dela meio que trupicando. Quando entrei, ela trancou a porta.

-O que conversamos sobre homens?
-Que eles são a escória da humanidade?-Eu ri.-Eu não ia deixar meus meninos lá fora no sereno.
-Você estava na maior fossa por causa desses dois até hoje de manhã.
-Pois é, agora estou feliz.-Sorri tentando encorajá-la.
-Está certo. Eu vou passar a noite fora.  Vai ter uma festa e o pessoal da faculdade vai se despedir das férias lá. Então, é uma boa ir pra sondar os gatinhos.
-Vá em frente.-Ela sorriu e jogou um pacote de camisinha encima de mim.-Preciso não.

Saí do quarto rindo, passei pela sala, recolhi a bagunça e levei pra cozinha.

Já passava da meia noite quando fomos dormir. Gabriel, como sempre caladão. Miguel que hora bulinava meus peitos, hora me beijava o pescoço. Estava me deixando desorientada. Mas dei uma de difícil, quando acabou o programa que estávamos vendo, me levantei, fui até o banheiro e depois fui para o quarto.

E não deu outra. Em poucos minutos, os dois entravam no meu quarto, como dois gatos sorrateiros.

-Vê se não apronta.-Gabriel falou.-Ou ela põe a gente pra correr.
-Põe nada.-Ele deitou ao meu lado.-Ela gosta, senão nem deixaria a gente subir.

Ai, quase mandei os dois pras cucuias naquele momento, mas me segurei.

Gabriel deitou também, me abracei a ele e Miguel me abraçou por trás.

Dava pra sentir um pau duro roçando na minha bunda. Eu estava com um pijaminha fininho, a mão dele começou a passar por baixo da minha calcinha.

Eu estava dormindo há um tempinho, mas acordei acesa, quando ele apertou o botão certo.

Larguei o Gabriel e me voltei pro Miguel. Ele me beijou, se colocou por cima de mim. As mãos dele emaranharam no meu cabelo, ele puxou a blusa do conjunto pra cima, até descobrir meus seios. A boca chegava a salivar, pouco antes de atacar meus mamilos. Ofeguei quando ele prendeu o direito entre os lábios, e segurou o esquerdo com a mão forte.



-Você está com uns peitos deliciosos.-Ele falou enquanto mamava neles.-O que andou fazendo?
-Nada.

Gemi quando ele usou os dentes. Devagarinho ele desceu distribuindo beijos pela minha pele, Fechei os olhos quando ele retirou meu short e me deixou nua. As mãos dele abriram minhas pernas e o hálito quente já estava tocando a carne macia entre elas.

Devagar ele começou a lamber, abriu bem as dobras, e começou a estimular até deixar meu clitóris inchado. Gemi alto quando ele começou a estimulá-lo com os dedos e a língua.

Ele veio pra cima de mim, só tirou o pau de dentro da calça e me penetrou. Tão diferente da última vez, foi uma investida rude e tão gostosa.

-Ah tava com tanta saudade desse calor.-Ele aproximou os lábios dos meus.-Desculpa gata, mas não dava pra agüentar mais.
-Eu quero que continue.-O beijei, abafando meus gemidos.-Estou adorando essa saudade toda.

Ele levantou minhas pernas e começou a estocar com força, eu gemia, Gabriel nem se mexia ao nosso lado. Se não ficasse nos vigiando feito um cachorro perdigueiro, não precisaria passar por aquela situação.

Eu estava pouco ligando. Miguel me colocou de bruços na cama e pincelou o pau melado na entrada do meu rabo. Gemi alto, feito louca quando ele começou a meter com força. Ele me chamava de gostosa, beijava minhas costas. Eu sentia aquele fogo crescente subir e descer.

Até ele começar a estimular o ponto que ele mesmo havia deixado inchado entre minhas pernas.

Aí sim acabou tudo de vez. Gozei e como gozei. E Miguel tirou os dedos melados da minha xaninha e colocou na boca, depois virou meu rosto e me beijou. Adorei sentir meu gosto nele. Ele me segurou contra a cama, levantou o corpo e estocou cada vez mais forte. Gritei de prazer, abracei o travesseiro, enfiei o rosto nele e me entreguei a mais um orgasmo. Miguel veio logo em seguida penetrando com força. Me abraçou pela cintura e ficou um tempo imóvel, respirando pesado entre meus cabelos.

Depois levantou e foi pro banheiro. Catei minhas roupas e o segui. Tomamos um banho rápido juntos e voltamos pra cama. Gabriel continuava quieto no canto dele.

Me deitei novamente entre os dois e apaguei.

No outro dia, pela manhã, não encontrei os dois na cama juntos comigo. Me espreguicei e senti o cheiro de dois homens diferentes em mim. Levantei e fui me arrastando até a sala. Gabriel estava lá, assistindo televisão.

-Ué, cadê o outro?
-Foi no mercado.-Ele falou sem olhar pra mim.-Já está com saudades?
-Vai começar.

Lhe dei as costas e entrei no banheiro. Escovei os dentes e me enfiei embaixo do chuveiro, estava com calor. Mais do que o normal, detesto ficar suada. Mas parecia que na cidade, o calor só aumentava.

Estava quase acabando minha chuveirada, quando ele entrou no banheiro. Devagar, começou a se despir e veio até mim. Fiquei excitada só em vê-lo ali, entrando no banho junto comigo. Mas a expressão dele estava me incomodando. E quando ele me segurou pelos cabelos e me puxou pro abraço, fiquei irritada.

-Você está me machucando idiota.
-Você agüenta.-Ele colocou o pau na entrada da minha bunda.-Tudo que o Miguel faz com você, você agüenta e gosta.
-Gabriel, me solta. Eu não estou gostando dessa brincadeira.
 
Ele pouco ligou, me empurrou contra a parede e meteu fundo dentro do meu rabo. Contraí na hora do medo e senti dor. Quando gritei, ele tapou minha boca e começou a arremeter forte dentro do meu corpo, até gozar.

Fechei os olhos, eles ardiam. Ele se afastou de mim, saiu de dentro do banheiro se secando e vestindo as roupas. Fiquei ali, sem reação, quando me dei conta do que realmente aconteceu, comecei a chorar. Por que eu ainda o amava, se era aquilo que eu receberia? Saí do banho depois de algum tempo, me sequei e me tranquei no quarto.

Deitei na cama e abracei o travesseiro. Me sentia tão suja naquele momento. Me arrependi de tudo que fiz, desde o começo dessa história. Mas não havia como voltar atrás. E como arrancar aquela dor do peito?

Fechei os olhos e apaguei. Acordei algum tempo depois, com Miguel deitado ao meu lado, acariciando meus cabelos.

-Há quanto tempo está aí?
-Faz um tempinho.-Ele parou os movimentos da mão.-Por que está chorando?
-Por nada.-Sequei os olhos com as mãos.
-Foi ele, não foi?
-Esquece ele.
-Logo vi que alguma coisa estava errada, quando entrei aqui e não encontrei nem ele, nem as malas na sala.-Ele me abraçou.-O que ele aprontou dessa vez?
-Foi o idiota de sempre.
-Ah Flor, como você consegue amar esse idiota?
-Eu não sei.-Me afastei dele e lhe dei as costas.-Nem você, que é um canalha assumido, me fez tão mal.
-Obrigado pelo elogio.-Ele sorriu e me abraçou por trás.-Isso passa. Um dia, se você se empenhar, vai passar.
-Eu sei.-Mentira, eu não sabia. Tinha medo de viver com aquele sofrimento pra sempre.-Fui fraca, mas foi a última vez. Da próxima vez que aparecer, deixa aquele desgraçado em casa.
-Preso na coleira.-Ele riu.-Isso foi um convite a voltar?
-Sempre que quiser.-Me aninhei mais ao abraço dele.


Miguel foi embora assim que terminou o café. Me encheu de paparicos, pegou o chapéu e partiu. Liguei pra Vanessa na hora. Ela ainda estava na tal festa, me chamou e como eu estava com o espírito fraco, fui.

Coloquei uma mini saia jeans e uma blusinha preta apertada.
Estacionei na frente da casa e pela quantidade de carros que estavam ali, a festa estava bombando.

Entrei, subi as escadas e toquei a campainha. Quem me atendeu foi Vanessa. Estava de biquini, com um copo de cerveja na mão e uma baita marca de chupão no pescoço. A festa ali devia estar boa.

-Menina, você veio.-Ela me deu o copo.-Pensei que aqueles dois iriam mantê-la ocupada o fim de semana inteiro.
-Já se foram.-Senti o cheiro da cerveja e devolvi.-Ta quente.
-Vem, vamos na cozinha pegar outra.-Ela saiu me puxando.-Você não vai acreditar em quem é o dono da casa... ah, olha ele aí.

Paulo estava saindo da cozinha, quando me viu. Abriu um sorriso largo e veio até mim.

-Pensei que não viria.
-Reuniãozinha bagunçada hein.
-É, fugiu um pouco do controle.-Ele piscou para Vanessa e ela saiu fora.-Então, o que quer beber?
-Qualquer coisa que não seja alcóolica.
-Hum, só tem água.
-Serve.-Fomos para a cozinha, ele abriu a geladeira e realmente, estava abarrotada de garrafas.-Vai beber água mesmo?
-Sim. Estou tomando remédio, posso acabar saindo daqui direto para um hospital.-Inventei a desculpa.
-Não vai ser a primeira. Há dez minutos saiu uma ambulância daqui.-Ele riu e pegou gelo, parou em frente a pia e encheu um copo com água.-Então, suas visitas já foram?
-Como você sabe...?-Claro, só podia ser a Vanessa.-Essa casa é sua?
-Mais ou menos.-Ele sorriu.-É dos meus pais.
-E onde estão?
-Em Nova Yorque.-Começamos a percorrer o jardim.-Não quer conhecer o meu quarto?
-Sem nem uma cantada primeiro?-Ele me pegou pela mão e me arrastou por uma porta lateral, entramos pelos fundos da sala, pegamos um corredor e ele abriu a terceira porta com chave.-Deixei trancado, só quem usa esse quarto sou eu.

Ele tirou o copo da minha mão e colocou sobre uma estante, me puxou pela cintura e colou os lábios nos meus.

Fomos tropeçando nos próprios pés até a cama. Ele me deitou e deitou por cima. As roupas foram descartadas uma a uma.
Seria o terceiro daquele dia. Três homens em um dia só. Me surpreendi comigo mesma.

Enquanto revirava nos lençóis do Paulo, pensei comigo. Aquela seria uma ótima forma de recomeçar. Se eu havia me entregado a outro homem, porque não poderia arrumar um relacionamento sério?



 Daquele dia em diante, nada de situações problema em minha vida. Eu arrumaria um namorado, levaria uma vida normal. E esqueceria toda mágoa do passado.

Comecei a estudar naquela mesma semana. Surpresa, foi encontrar Paulo na sala. Era nada mais, nada menos, que o professor de química, a pior matéria pra mim.


 Detestava fórmulas. Por isso, estava sempre tirando dúvidas e o provocando um pouquinho.

Certo dia, antes de sair de casa, uma coisa me ocorreu. Acordei muito enjoada. Cheguei a pensar, que era culpa do monte de besteiras que vinha comendo.

Mas uma aula sobre DNA e clonagem me fez cair na realidade.
Três meses entre a primeira vez que fiquei com o Gabriel e aquele dia. E desde então, nunca mais minhas regras vieram. Eu estava dormindo muito, comendo mal, chorando compulsivamente.

Saí da aula e fui direto em uma farmácia comprar um teste de gravidez.

Nem falei nada com ninguém. Fui pro banheiro, me tranquei lá, pensando que aquela idéia era absurda.

Fiz o teste. Nem esperou passar os cinco minutos, apareceram as duas benditas fitas rosa no teste.

Suspirei, não me permiti entrar em pânico. Eu iria fazer alguma coisa. Mas naquele momento, eu precisava fazer exames. Precisava saber quem era o pai e ainda tinha que pensar e deixar a ficha cair.

Em duas semanas, eu já estava com resultados precisos. Fiz contas. Tinha anotado em um diário íntimo, o dia em que fiz amor com Gabriel à primeira vez.

Pedi pro médico me esclarecer algumas coisas sobre datas. E não tinha mesmo como fugir, foi de primeira.

Fiquei um tanto abestalhada aqueles dias. Até que passei em uma loja, vi umas roupinhas de bebê e me empolguei.

Torcia pra que fosse uma menina. Adoro a delicadeza delas. Aonde eu olhava, só via crianças, mulheres grávidas. Mas parece que a ficha ainda não havia caído.

Claro, quando cheguei em casa com aquele monte de roupinhas de criança, fui obrigada a abrir o jogo com Vanessa. Mas no final, ela adorou a idéia, depois de ter me passado o maior sabão.

Aí chegou a complicação.

(LINK PRA 12º PARTE)
http://kantinhodoscontos.blogspot.com/2012/03/historias-de-peao-parte-xii_14.html

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