domingo, 27 de novembro de 2011

Como escrever um bom conto.

Erros fáceis de acertar e que não devem ser cometidos novamente.

Por Osana Boneca.

O conto tem que ser dinâmico. Autêntico. Fácil de ler e ser compreendido. Que envolva e deixe o leitor satisfeito.

Não estou aqui para julgar quem escreve mal. Estou aqui apenas para dar alguns toques singelos, para que os escritores novos (e antigos também) possam perceber seus erros e falhas. E que não venham cometê-las futuramente.

Não pense querido leitor, que eu não erro. Sim eu erro. E quando vejo meu erro, peço desculpas aos leitores, como não posso re-postar, procuro dar uma continuação chocante aos meus contos. Claro que escrevo contos eróticos, mas isso também se aplica a contos de terror, romance, ficção, policial e tudo mais.

Conheço escritores, que com um simples relato de vida, nos surpreendem com um texto maravilhoso, bem escrito e super caprichado. Conheço também escritores que escrevem e escrevem e não conseguem prender nossa atenção por muitos parágrafos.
Um simples relato meu mesmo:

Quando comecei a escrever no computador, eu tinha dezessete anos. Comecei com romances. Na época eu era apaixonada pelas séries Bianca, Sabrina e terêrê pão de mel.
Um pequeno trecho do meu primeiro fiasco:

“Nina acordou sentindo-se zonza, a cabeça latejava, com dificuldades e uma forte dor no estômago se levantou e caminhou até o banheiro, não conseguiu ficar de pé e se apoiou no vaso, queria se lembrar do que havia acontecido no dia anterior, saber como havia chegado a casa, mas a única coisa que se lembrou foi que a festa fora feita em sua própria casa para comemorar seu noivado com Carlos. Tudo que queria era fugir daquele lugar, não queria se casar com um homem por quem não estava apaixonada. Fechava os olhos e imaginava-se casada com Carlos, sentiu o estomago revirar-se, virou o rosto para o vaso e vomitou, quanto mais imaginava suas carícias, seu toque, seus beijos, mais sentia ânsia.“

Agora respire e relaxe. No trecho acima, meu erro foi que em um parágrafo escrevi muitas informações de uma só vez. O uso excessivo de vírgulas, dando paradinhas no texto, como se fosse um engarrafamento no centro da cidade ás duas horas da tarde com o sol bem quente e o ar-condicionado pifado. –é eu sei, a coisa ficou ruim só de imaginar.

O correto seria organizar melhor as palavras, escrever distribuindo e organizando os parágrafos. Algo mais ou menos assim:

“Naquela manhã Nina acordou com a maior ressaca de sua vida. E só em tentar lembrar a noite passada, sua cabeça dava voltas. Estava enjoada, a cabeça latejava. Ficou de pé com dificuldade, maldizendo Carlos, seu noivo, o motivo pela festa na noite anterior. E o motivo por seu mal-estar.
Só bebendo para suportar a farsa do noivado. Se não bebesse, não suportaria deixá-lo tocá-la nem mais um instante”

Esse trecho foi apenas um improviso. Reuni as informações e distribuí de uma forma mais suave. O que deu uma leveza e maior entendimento, sem tanta agressão crítica.

As palavras também amadureceram. O que acontece quando você pega um texto escrito por uma adolescente de dezessete anos e escreve com a cabeça de uma mulher de vinte e dois. Mas você não precisa esperar tantos anos para re-escrever. É preciso ler e re-ler o que se escreve. Achou algo pesado demais? Apague e reescreva. Não tenha piedade. Vai ficar melhor. Ou faz isso, ou corra o risco de seu texto não ser lido por ninguém.

•Fantasie, sonhe, escreva coisas ridiculamente impossíveis. A imaginação é sua, você pode falar do que quiser. MAS ESCREVA BEM.

Pouco tempo atrás, escrevi um texto um tanto caótico, sobre um imperador que assumia posse de uma ilha, se apaixonava por uma mulher linda e encantadora, que tinha o corpo possuído por uma feiticeira. Essa atuava como uma segunda personalidade.

Misturei nesse texto a França e a Irlanda. No meio das duas ficava uma ilhota chamada “Amaratta”. A ilha, claro, foi inventada por mim. E claro, se parássemos para analisar um mapa de perto, não encontraríamos lugar para ela.

Ok, eu assumo, criei a ilha num lugar mágico. Minha mente. Nossa mente tem poderes incríveis. Imagina o cara que inventou o Conde Drácula em 1897. “Bram Stoker” é o nome do sabidão. O cara e sua mente incrível criaram um dos meus personagens de ficção favorito. O outro é o Zorro, que foi criado por “Johnston McCulley” em 1919.

Percebam caros leitores, que a criação só depende da sua imaginação. Com ela você pode criar mocinhos mascarados estilo liga da justiça e também pode criar vampiros sanguinários que atravessarão os séculos e jamais serão esquecidos.

Você pode criar o que quiser. Só não faça nada tão tosco como fez “Stephanie Meyer”, a autora da saga “Crepúsculo”. Que pegou um personagem histórico tão belo e transformou num bitola que brilha há luz do dia. Vampiro que brilha a luz do dia, prá mim é uma... bem, melhor não falar, pra não ofender ninguém. Mas ouvia muito dizer na minha infância que: “Bicha não morre, vira purpurina”. E como vampiros são mortos vivos... logo deduzi que a autora também ouviu essa frase do saudoso “Jorge Lafond”.


Quer criar um personagem que tem três olhos, ótimo. Ele vive eternamente e é o mais bonito e irresistível? Tudo bem. Só não pegue personagens já criados e com um estereótipo e dê outro. Seria o mesmo que escrever sobre o super-homem e dizer que sua fonte de força é criptonita e seu maior medo é banho frio.

Não julgo o enredo da saga. Tem uma história legal, um romance com um cara super educado, o sonho de toda moça. Eu julgo é o comportamento dos vampiros. Brilhar a luz do dia é dose. O certo seria eles morrerem há luz do sol, virarem cinzas, como acontece no bom e velho filme Blade. Ou como na novela Vamp (Quem tem canal Viva, sabe do que digo).

Em minha opinião, alguém que escreve muito bem sobre vampiros é “Anne Rice”. A mulher que criou o vampiro Lestat. Esse nome te lembra alguém? Ah claro que lembra. “A rainha dos condenados”. É um dos meu filmes favoritos. Atrevo-me a dizer que é o melhor. Envolve sexo, sangue, rock and roll. E sim, os vampiros morrem como têm que morrer. Anne Rice sim sabe falar de vampiros.

Crie personagens, lugares, situações. Vá há lua, pegue o dragão de São Jorge e traga há terra. Agora se coloque no lugar do cara que inventou os vampiros e imagine o que o mesmo está pensando, agora que viu no que sua criação foi transformada. Se existe vida após a morte, ele já morreu de desgosto.

Sei que vou receber críticas sobre isso, mas não podia deixar uma injuria dessas passar despercebido.

•Excesso de informação sem necessidade.

Ah informação, bendita informação que criamos e acaba estragando a história.
Pulando de contos em contos e re-lendo meus trabalhos antigos, eu percebi uma coisa chata que acaba virando um peso pra história escrita.

Todo escritor visualiza seu personagem. Imagina cada detalhe, cor dos olhos, cabelos, formato do rosto. Em caso de mulheres, tamanho dos peitos, da bunda e por aí vai.
Acontece que o leitor não está dentro da sua cabeça e não vê o que você vê. Se você falar que a personagem é sósia da Angelina Jolie e o leitor não for fã da moça, vai acabar imaginando a Jennifer Aninston. Isso é livre arbítrio.

Ocorreu o erro comigo em alguns trechos de meus romances. Exemplo:

“Juan nunca viu mulher igual aquela. Baixinha, mais ou menos um metro e sessenta, corpo perfeito, quadril largo, seios pequenos, traseiro empinado, pele morena, lábios grossos, cabelos lisos e negros, olhos castanhos.”

Esse meu romance mexicano gerou uma série. Um dia quem sabe, Deus me dá graça e eu publico. Claro que agora estou reescrevendo tudo, porque reconheço que escrevo mal e tenho muito que melhorar ainda.

Cada personagem é como um filho para o autor. Ele o imagina e quer detalhá-lo, para que todos o vejam como ele vê.

Acorda querido, isso não vai acontecer. Sim, você pode detalhar seus personagens. Mas suavemente. Não diga o tamanho do busto, do bumbum, estatura ou coisa parecida. Diga coisas relevantes, cada um imagina o que quer.

Ou você acha que quando “Dan Brown” (O código Da Vinci) criou Robert Langodon, ele imaginou o Tom Hanks? Nada disso, ele simplesmente disse que o cara era professor, quarentão e tava de bom tamanho.


Ron Howard que dirigiu o filme, -e cortou muitas partes interessantes nas duas histórias- foi quem visualizou “o contador de histórias”, no lugar do professor britânico.
Eu reescrevi o trecho acima e ficou mais ou menos assim:

“Juan ficou encantado com a beleza e meiguice de Maria. Aparentava ter em torno de vinte anos. Era uma morena notável. Com a chave de roda na mão e o macacão sujo de graxa, ainda assim não perdia a sensualidade feminina.”

Sim, fica mais fácil entender esse trecho do que o anterior. Claro, que não sou formada em letras e creio que muitos professores, literários e o caramba a quatro irão discordar de mim em algum ponto dessa matéria. Imagina eu, formada pelo EJA, ensinando a escrever bem. É motivo de piadinha entre críticos e aqueles caras que criam cartilhas ensinando a escrever uma boa redação.

Estou aqui apontando algumas falhas que podem ser facilmente concertadas. E sei que, quem vier a ler meus textos, vai encontrar erros gritantes. Por isso venho amadurecendo as palavras com o passar do tempo. O resto, o que importa? Gosto de ajudar e opinar sem ser chamada. Ah sou intrometida. Mas gente, não custa nada tentar melhorar um pouquinho né?
Voltando com minhas críticas construtivas...

•Dê uma idade adulta ao seu personagem de conto para maiores de dezoito anos.

Adolescentes têm uma mente maravilhosa para escrever, vivem um cotidiano de descobertas e amizades. É normal que uma adolescente de quinze anos, que não seja mais virgem, queira contar sua experiência em um conto. E acha que seu personagem tem que ter a mesma idade que ela, porque senão fica velho demais.

Bom, sexo com menores de dezoito anos é pedofilia. E costumo dizer também, que criança que brinca com brinquedo de gente grande, acaba fazendo besteira.

Você não vê uma criança brincando com uma arma e se saindo bem. Ou não vê uma criança dirigindo um carro. Até vê, mas negligências a parte...

Adolescentes fazem sexo sim. Os hormônios estão ali. Às vezes os pais querem proibir, querem mantê-los longe dessas “depravações”, mas eles fazem sempre o que dá na cabeça. Quer um conselho? Aconselhe. E dê camisinhas a eles, observem suas atitudes e não julgue. Você também fez sexo antes dos dezoito que eu sei.

Aí vem um problema grave que acaba sendo alvo de retaliações por moderadores de comunidades conservadas. Comunidades estas, que são moderadas por pessoas maiores de dezoito anos.

Eu já passei pelo desgosto de ter meu conto deletado por esse motivo. Mas sinceramente, foi erro de interpretação da moderadora. Eis o trecho:

“Quando eu tinha quinze anos, viajei com meus pais e meu namorado pro rancho do meu avô paterno. Nossa aquele lugar era o paraíso. Lá eu tinha um garanhão que foi presente de aniversário. Ele era negro e se chamava Café.
Também nessa fazenda, trabalhava um peão que era o sonho erótico de muita mulher solteira que dorme nua. Tinha uns braços enormes, as pernas dele eram puro músculo.
Desde essa época me apaixonei por ele. Porém, saímos da fazenda brigados com meu avô. Mas, quase quatro anos depois, meu pai precisou voltar. Dessa vez pra ficar. Era a minha chance!”

O conto se passava com uma moça de dezoito anos, que voltava para a fazenda de seus avós e reencontrava o cara por quem ela tinha uma paixonite incubada. Essa mesma garota entregou-se ao peão com... dezoito anos. Então, interpretando o texto, logo vemos que a moça em questão conheceu o carinha quando tinha quinze e ficou com ele finalmente, quando tinha dezoito.

O amor é lindo. Mas preguiça pra interpretar texto é triste. Pior do que isso, é que a regra mais conhecida da comunidade, era que contos com menores seriam excluídos. Claro que lá existem contos que mencionam crianças e adolescentes. O meu foi excluído por quê? Preguiça de ler mais do que o primeiro parágrafo. Ah não pense que por causa disso deixe de escrever nessa comunidade. Não mesmo. Continuei, só não re-postei esse conto, porque não iria mudar uma coisa que não estava errada, só porque uma pessoa não queria ler mais dois trechos. Escrevi em outra comunidade e passei para meus leitores.

Então, deixe claro a idade dos personagens. Mas sem cometer o erro de ficar dando muitas informações. Se seu personagem tem quinze e foi inspirada em você, dê ao menos dezoito. Até mesmo porque, se você sonha em algum dia publicar seu livro, vai ser criticado e desmoralizado até o fim, por um crítico muito bem pago que está ali pra ferrar sua vida.

E como eu disse: Sexo é brincadeira de adulto. Se você não tem dezoito ainda e já pratica, faça direito. Respeite o limite de menoridade do seu país e não envergonhe seus pais.

E não cometa o erro que cometi. Escreva primeiro a idade maior do personagem e depois escreva a idade no qual ele se apaixonou. Assim evita dor de cabeça e desgosto.

•Eu sou viciada em kkk e rsrsrs. Mas não escrevo isso nos meus textos.

Querido leitor, você com certeza é usuário de MSN ou outros programas de bate-papo virtual e já usou as letrinhas ‘kkk” e “rsrsrs” em emoticons e até mesmo puras. Eu uso o “kkk” pra quando estou gargalhando. Rindo de verdade. O “rsrsrs” eu uso quando não tenho o que dizer.
Mas tem gente que tem o vício dessas abreviações. E escreve coisas como: ”A mulher parecia uma morcega haha.” Pra mim matou o texto ao dizer que a mulher é uma morcega. E esse “haha” enterrou a carreira do cidadão, como escritor de contos eróticos.

Como era o primeiro conto dele, deixei passar e não critiquei. Mas deixei de freqüentar os contos dele e até mesmo a comunidade aonde ele escrevia. Pelo que entendi, ele contava as histórias do que ele vivia pra uma amiga e ela sugeriu que eles escrevesse na comunidade dela. Mas ele não era escritor de contos.

Ah pessoal, tudo bem escrever errado. Se a história é interessante, a gente dá um voto de confiança e lê. Mas por favor, não fique escrevendo há cada parágrafo, os famigerados “kkk”, “rsrsrs”, “Haha”, Hehe” e por aí vai. “Haha” e “Hehe” caem bem em histórias em quadrinhos escritas para crianças e adolescentes. Em um conto, se você quer prender atenção do povo, evite.

Pode ser que a história seja interessante. Todo mundo vai perceber a chatice que é essa repetição de palavras, mas não vai falar porque todo mundo é legal, só a titia aqui que é chata e pega no pé igual professora do pré. Pra rimar vai um “Hehehe”.

Eu confesso, fiz um “RS” em uma história. No seguinte trecho:

“A boca dele era bem treinada sim. Se eu fosse casada com aquele homem, iria passar o tempo todo trancada dentro do quarto, sendo chupada Rs.”

O símbolo de risos foi utilizado para dar ênfase há uma piadinha jogada durante a narração.
Eu não me atrevo a dizer que foi bem colocado. Foi só algo para ficar familiar. Mesmo assim está errado, é feio. Não faça. Evite esses símbolos, seja natural e menos internauta. Ou você acha que Shakespeare usava carinhas de símbolos enquanto escrevia...:

— Se o ano todo fosse de feriados, o lazer, como o trabalho, entediaria. (;D)”

Seja viciado nas carinhas, mas nunca deixe que elas estraguem seu texto. Tente deixá-lo limpo de vícios do universo tecnológico e seja feliz com seus seguidores fiéis.

Isso também vale pra mim. Que sempre comento usando as danadas das carinhas.
“Ah Smile, por que me persegues?”

Escrever sobre moda passada, moda atual e moda futura.

Gosta de histórias antigas? Com direito há guerras, colonizações, reis, rainhas e por aí vai? Pesquise. Goste de história do Brasil e do Mundo. Eu mesma tirei algumas idéias, em aulas de história.

Você precisa pesquisar, nem que seja um pouco, pra fazer uma obra rica de conhecimento e interessante. Não basta apenas escrever o que vem há cabeça.

O seu lance é o futuro? Quem sabe o que haverá daqui há vinte anos? Vão ressuscitar o Michael Jackson? Descobrirão que o E.T. está em alguma geladeira da NASA, sendo estudado por cientistas do governo americano?

Tudo pode acontecer. O Futuro há Deus pertence.

Então abuse desse fato, para criar. Lembra o trecho que citei acima sobre Juan e Maria? Na minha série, me empolguei e cheguei a escrever sobre dois mil e cinqüenta. Ah ano maravilhoso, de robôs, carros que voam, câmeras nas ruas de periferia com alto qualidade de definição, carros com chip de descrição, ao invés de número de chassi.

Gente, o céu é o limite. E às vezes, dependendo do que você criou que vem do céu, no céu não há limites. Explore, mas não deixe de pesquisar sobre a moda contemporânea, para não fazer besteira.

Saber quem é o presidente do ano atual ou a quem ele sucedeu, é questão de informação. Então, só faça a citação, se tiver plena certeza. O Google está aí, ele tem resposta pra tudo. Pesquise há vontade.

•Buuuuu. Cuidado com personagens fantasma. Uuuuuuuuuuuuuuhhhh

Bom, uma coisa que sempre percebo é os detalhes. (Acho que deu pra perceber, né?) E personagens secundários são detalhes nos contos, é normal eles deixarem de existir. Mas... de repente? Não! Dê uma saída estratégica para cada um deles.

 Outro dia estava lendo um conto maravilhoso, sobre meu assunto favorito. “Dupla Penetração”. E no começo do conto a personagem principal tinha um namorado que não foi citado no decorrer do mesmo. Ao final, ela ficou com outro cara definitivamente. Por mim tudo bem, começar com um e terminar com outro. Mas não houve uma história pra justificar o sumiço do primeiro cara. Ele simplesmente foi esquecido pelo escritor, que na anciã de escrever mais e mais para suas fãs, acabou engolindo esse personagem com quiabo.

Pior não foi isso. No comentário que fiz, elogiei e perguntei por esse detalhe. Uma das leitoras entrou na defensiva e respondeu:

“O namorado? Ah quem quer saber do namorado? O namorado morreu”.

Gente foi só um detalhezinho de nada que vi e acabou gerando um grande tumulto. Hoje em dia não podemos falar nada que não seja:

“Seu conto é ótimo”, “adorei”, “você escreve muito bem.”

Confesso que, se alguns dos meus leitores tivesse me dado toques sobre meus erros, eu não teria levado tanto tempo pra descobrir sozinha, que meus contos estavam deixando a desejar.
Ao final, não comentei mais nada. Deixei pra lá. A atitude defensiva dos leitores acabou me mostrando que nada além de elogios seriam bem vindos. E como não sou puxa-saco de ninguém e não recebo pra isso, não comentei mais.

Esse erro eu notei e logo depois escrevi o conto “Confissões de uma esposa em crise”. No qual entrou também um namorado que era somente segundo plano. Dei um finzinho chulo pro namoro dos dois e pronto, cada um pra seu lado. Sem ressentimentos.

Se não tem mais nada que fazer com um personagem e ele está “sobrando”, invente um acidente de carro e acabe com tudo. Ou melhor, uma viagem repentina para fora do país. Porque se você escrever sobre a morte, teria que relatar o enterro. Enfim, seja o mais natural e não deixe passar nada despercebido.

•Repetindo, Repetindo, Repetindo.... Uma hora cansa.

Ainda falando sobre o tombo do conto anterior, preciso relatar outro incidente que nem tive coragem de comentar, pra não ser linchada pela mulherada.

O cara repetiu a mesma cena um milhão de vezes. Toda hora a mesma posição, a mesma abordagem, a mesma situação. Repetição uma hora cansa.

Um dia na faculdade aconteceu assim...
No outro dia na faculdade, aconteceu assim...
No dia seguinte... a mesma coisa...

Quem espera mais de um conto fica enfadado. Sem contar, que alguns homens tem pequenos vícios na hora do sexo.

Conheço um que começava chupando os peitos, descia pra um oral só pra molhar a entrada e logo em seguida metia o pau. Todos os dias a situação era a mesma. Até que passou a cuspir na cabeça do pau e entrar.

Gente, se você tem vício de escrever a transa sempre da mesma forma, tome cuidado. Isso cansa. Às vezes a cena fica ensaiada na sua cabeça. E depois daquela primeira transa que você relata, totalmente inspirada, acaba caindo na rotina e acaba a inspiração.

Aconselho que não poste antes de ter inspiração suficiente para concluir o conto.
Eu mesma escrevo, leio e posto. E acabo ficando períodos sem inspiração, o que me leva a escrever qualquer coisa, porque os pedidos de “mais” não param de chegar.  Reconheço que não é legal porque sei que tenho como escrever melhor, mas a falta de inspiração momentânea e o fato de não ter nada pra postar nesse intervalo, me obrigam a agir dessa maneira.

Nunca mais posto sem ter concluído o conto. Isso é uma promessa de ano novo.

Por enquanto é isso. Espero que não se tenham magoado por minhas palavras. E mais do que isso, não tenham as levado a mal. Minha intenção, desde o começo, foi apontar falhas fáceis de concertar. E qualquer escritor de mente aberta aceitará essas pequenas “críticas construtivas”.

E desde já venho frisar que: “Não estou aqui para falar sobre erro de português. Estou aqui para falar sobre o desligamento de alguns escritores.”

De resto, a vida está aí pra ser vivida e relatada. Sejam felizes escrevendo ou lendo seus contos.


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